Pesquisas com células tronco nos EUA

Muitos poderão dizer que não aprovam processos anticoncepcionais. A imensa maioria da população humana se declara religiosa, crente, submissa a algum Deus, pelo menos um. Rezam. Se igrejas e templos se esvaziam, no íntimo de cada um existe a certeza ou o medo da existência de Deus. Na dúvida, a maioria se declara crente de alguma religião e a tudo o que seus profetas e teóricos declararam a milhares de anos.
A Humanidade, como qualquer espécie animal, tem comportamentos nem sempre louváveis. Há pouco tempo o chamado mundo civilizado tratava as pessoas deficientes como portadoras de algum tipo de castigo, um anátema contra elas ou seus pais. Mal sobreviviam e não eram poucos aqueles que se transformavam em motivos de gargalhadas em piadas ou circos.
Ser idoso talvez signifique viver um período final da vida extremamente educativo. Vamos ficando lerdos, lesos, surdos, cegos, trôpegos, viramos um estorvo ou piada. Infelizmente aí já podemos pouco. Podemos, quando muito, lembrar momentos em tivemos a oportunidade de mudar alguma coisa a favor das pessoas deficientes, rapidamente procuramos esquecer, afinal, consciência pesada dói (continuo acentuando, ôo “véio” teimoso, ou ainda tem acento? O Word não reclamou...).
Felizmente a humanidade evolui.
Evolui, sim, pois nada se compara à brutalidade dos tempos dos nossos avós, agora enternecidos na bruma dos tempos.
Os Estados Unidos da América do Norte, o vilão de todo caudilho latino americano, está colocando suas vontades em marcha. Passo democrático, seu presidente foi eleito num ambiente em que o povo tinha opções muito diferentes, algo que contraria tremendamente nossos projetos de novas ditaduras.
A última e boa informação é a facilitação das pesquisas em torno das “células tronco”. Jóia! Sensacional!
Saber que um gigante do tamanho dos EUA agora se liberta para estudar essa hipótese de recuperação de inúmeros seres humanos com lesões graves é fantástico. Obviamente teremos aqueles que dirão que isso vem em benefício de indústrias. Óbvio! E daí? Vemos nossas corporações fazendo greves absurdas para terem salários e outros benefícios desproporcionais ao padrão médio de nosso povo. O contribuinte paga. Isso não seria pior?
O nosso antípoda americano é realmente fantástico. Deve sê-lo, pois não são poucos que procuram o “Green Card” apesar de todas as violências de um ambiente completamente diferente do nosso.
A notícia de que o presidente Obama solta as últimas restrições em torno das pesquisas sobre as células tronco é fantástica. O sucesso, muito provável dos pesquisadores norte americanos, é uma tremenda esperança para todos os deficientes, pois sabemos que a regeneração de órgãos e nervos, músculos e neurônios é uma possibilidade teórica só dependendo de avanços que a inteligência reunida num país, que não restringe a importação de cérebros, será capaz. Aliás, é bom lembrar, entre outras coisas, nossas leis absurdas, impedindo, por exemplo, o emprego de professores estrangeiros em nossas universidades públicas.
Precisamos saudar essa tremenda novidade democrática denominada Barack Hussein Obama, um havaiano afrodescendente que, graças à sua mãe maravilhosa (vamos lembrar o dia da mulher e não esquecer a importância de se ter mãe culta, inteligente, guerreira, corajosa, capaz de entender o mundo e seus desafios) é o atual presidente dos Estados Unidos da América do Norte. Só podemos dizer: gratos, maravilhados, apaixonados pela democracia e povo norte americano neste momento fantástico de sua história, muito obrigado americanos.
Os deficientes agradecem penhoradamente.

Cascaes
9.3.2009

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