Portais necessários - pessoas deficientes

Portais necessários – pessoas deficientes

Falamos de portais, podem ser blogs e até endereços no Youtube, o que se nota é a necessidade de um local na internet que, com máxima responsabilidade, seriedade, objetividade, sem estar a serviço de qualquer consultoria, empreiteira ou indústria, contenha orientações claras, precisas, atualizadas e confiáveis, em linguagem simples, com ilustração adequada, para pessoas deficientes e seus responsáveis.
Principalmente para aqueles que descobrem que seus filhos, algum deles que seja, possa ter alguma doença ou deficiência, o drama começa logo.
Será verdade? Onde encontrar apoio? Quem entende? Quais são os indícios? Que tipo de tratamento é possível? Qual é a esperança de cura? Quais são os grandes centros mundiais em torno da hipótese de tratamento? Cirurgia? Próteses etc.?
Maravilhosamente hoje é possível construir e manter blogs, por exemplo, sem maiores custos do que o registro e o trabalho de atualização. Qualquer cidadão dedicado a alguma causa pode criar algo dessa espécie, essa janela, essa ponte de ligação entre ele e aqueles que pretende conectar. O problema é que sendo blogs, simplesmente, carecem eventualmente de credibilidade. Pior ainda é a dificuldade que todo cidadão, sozinho, enfrenta para se manter informado, plenamente informado.
Assim os portais de entidades clássicas são os faróis que podem fornecer a base de comunicação desejável e respeitável.
Temos a OAB, sindicatos, associações médicas, empresariais, industriais, CREA, IAB e por aí afora. Muitas dessas entidades recebem dinheiro do contribuinte. Taxas compulsórias, doações e o dinheiro dos impostos irrigam essa gigantesca estrutura permeando todas as atividades produtivas e improdutivas de nosso gigante semi adormecido. Com elas certamente poderemos fazer muito.
Bibliotecas digitais e a produção de material de consulta, estudos, pesquisas e desenvolvimento são produtos que imaginamos poderem ser parte das preocupações dos dirigentes dessas entidades.
Exemplificando, no Paraná a Federação das Indústrias do Paraná, a FIEP, graças ao seu presidente, Dr. Rodrigo da Costa Rocha Loures, e a pessoas com a competência do diretor Pedro Carlos Carmona Gallego e do seu time, destacando-se o Dr. Roberto de Fino Bentes, estão formando a Biblioteca Digital instalada no portal da FIEP. Ótimo! Agora precisam “carregar” esse portal e o lógico será que, em parceria com outras entidades, façam, mostrem livros, filmes, links e textos de interesse direto de seus associados e outros mais gerais. Obviamente essa biblioteca pretende, prioritariamente, atender as demandas de seus associados. Lembrando, contudo, a legislação a favor das pessoas deficientes e a possibilidade de existir, entre seus associados, pessoas deficientes, familiares e colaboradores, visualizamos a oportunidade de se introduzir temas relativos a essa área.
O apoio a pessoas deficientes e aos seus responsáveis, quando dependentes, é uma atividade que pode enriquecer substancialmente os portais. Naturalmente a origem dos textos a serem publicados será vital à segurança da informação. Aí entram as associações médicas, laboratórios e universidades. Em acordo com essas instituições podemos formar uma rede de bibliotecas especializadas que ajudem o trabalhador, o cidadão em geral, em qualquer situação a enfrentar o desafio de ser deficiente, de ter um familiar carente de assistência técnica, de ajudar seu parceiro na mesa de trabalho ou de lazer.

João Carlos Cascaes
Curitiba, 1 de março de 2009

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