Semana inesquecível

Uma semana histórica
Se nós tivemos exatamente uma semana de espaço não sabemos, o que devemos registrar, contudo, é a visão de mudanças reais, decididas por estadistas, economistas, lideranças jovens, gente que reage, perplexa, ao que o noticiário e a vida real mostram.
A crise econômica chegou. Algo previsível depois dos inúmeros escândalos de imensas corporações privadas, não estatais, do mundo moderno, nessa última década. Desde a quebra da Enron uma sucessão de furos na competência dos nossos chefes deveria ter dito aos nossos “analistas” que algo estava errado no planeta dólar. Agora duas agências de fomento à construção de moradias nos EUA, meio estatais, ficaram no foco das acusações. A verdade é que o tal de “Consenso de Washington” e as lógicas neoliberais desmoronaram. Felizmente Deus existe e Obama ganhou as eleições na pátria de nossos economistas, patronos de inúmeros políticos e empresários brasileiros. Nosso presidente real, quem manda, começa a mudar regras absurdas lá e cá, pois aqui somos fiéis ao comando norteamericano. Melhor ainda, o Lula, tão vilipendiado por sua ignorância acadêmica, pode ser tudo, menos burro. Sem diplomas pode dizer besteira, sendo presidente, não pode fazer besteira. E agora reage mostrando em suas palavras e decisões que começa a compreender os escaninhos da mente dos economistas eleitos pelos magnatas do “Consenso de W.”, consenso ou conspiração para manter o Terceiro Mundo como sempre foi (agora com o apoio de ONGs tipo WWF e outras mais alienadas) a partir dos tempos de lógica mercantilista e imperial, submissos, fornecedores de matéria prima, minérios, consumidores de drogas (do ópio a ...), dispostos a qualquer coisa para facilitar as contas externas, as deles (vide Lei Kandir).
A semana foi gloriosa.
Tivemos, para começar, informações mais detalhadas dessa jovem corajosa, disposta a enfrentar os novos ditadores russos e perseguida na Moldávia. Natalia Morar, onde esteja, receba nossos cumprimentos pelo seu exemplo fantástico de atrevimento por ser acusada, e esperamos que tenha sido, líder da “Revolução Twitter”. Enfim vemos uso adequado da internet, uma ferramenta fantástica à espera de quem saiba usá-la a favor da Humanidade.
Por aqui vimos de que jeito a comunidade pode reagir, colocando o nosso prefeito numa tremenda saia justa em torno do lixo e a Caximba, que, apesar de ter sido apontada há anos como ultrapassando limites, continua recebendo lixo de todo lado.
Nosso presidente máximo Obama resolveu mudar as regras do Imposto de Renda nos EUA. Simplesmente assumiu o que todos já sabíamos, ao sul do “Paralelo de Câncer”, de que a grande nação americana, vide “Farenheit 9/11”, é refém de elites alienadas do povo americano (pretensão deles, pois temos 3 Américas, e não apenas a do Norte. Aliás, se existe um povo no desvio intelectual é aquele... ). Dizer que 90% dos americanos pagam impostos demais em favor de elites “espertas” foi o máximo, dito não exatamente nessas palavras, mas foi o que entendemos via tradutores jornalísticos.
E nosso Lula, que legal vê-lo rever as lógicas de apropriação dos custos e resultados das estatais. Se a Petrobras está na Bolsa e Valores, se ela age, como sempre assim foi, um estado dentro do estado, que seja dela a responsabilidade por suas contas. Não podemos admitir que dívidas e investimentos dessa petroleira entre e trave investimentos de governo. Assim a contabilidade daquela coisa chamada “Banco Central” muda, dizendo aos tecnocratas que mandam em nosso país que o governo pode gastar mais, para desespero da oposição, que adoraria ver o Presidente da República enroscado em suas contas.
Para reforçar a percepção de mudança de rumo de nosso Presidente “ignorante” é ver que decidiu substituir o presidente do Banco do Brasil e que pressiona para a redução do preço do óleo diesel. Lamentavelmente ou necessariamente o Presidente adotou uma política parlamentarista. Suas decisões são precedidas por muitas jogadas, que só ele sabe onde quer chegar (esperamos que longe dos ideais bolivarianos). É direito de um presidente, num sistema que lhe dá poderes imperiais, eleito democraticamente, errar ou acertar. Conquistou delegação do povo para isso, não pode, contudo, agir de má intenção, a história da humanidade mostra o que pode acontecer a esses líderes...
De qualquer forma, independentemente das bazófias dos titulares dos cargos federais executivos, quem decide é o Lula. Assim esperamos para breve mudanças ou degolas, já que não temos paredão. Que o Brasil caminhe em direção a uma nova e mais humana lógica econômica, mais atenta às necessidades de seu povo, menos preocupada com as neuroses estrangeiras.
Parando por aqui para não transformar este artigo num livro podemos dizer: foi uma semana maravilhosa.

Cascaes
16.4.2009

Comentários

  1. Meu caro Cascaes:
    Simplesmente no alvo!
    Seus comentários resumiram o que de melhor poderíamos ouvir para começar uma nova semana com otimismo. Essa a receita para a crise: otimismo. Aliás, bendita crise, que está fazendo pelo mundo o que toda pregação política e religiosa não conseguiram.
    Um abraço.
    Francisco Pucci.

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