Violência em Curitiba



Prezados amigos do Jornal Gazeta do Povo

Parabéns pelas reportagens sobre a chacina nas vilas União e Icaraí.
Precisamos desse tipo de jornalismo, pois o pior é ignorar o que está acontecendo na periferia das grandes cidades brasileiras, inclusive Curitiba.
De um longo passado, que construiu as bases sociais e econômicas para vivermos agora com medo de sair de casa, para que nosso povo retome um caminho melhor precisamos de vontade real de todos, do mais humilde ao mais poderoso cidadão brasileiro.
Temos acompanhado situações que nos assustam. Par e passo sentimos a banalização da criminalidade, que pode ser sentida nas palavras da moradora da Vila Zumbi, Da. Gonçalina "Vez por outra ainda tem uma vingança, vão [ser mortos] dois ou três... A gente sabe quem foi, mas 'viu e não viu'. Não pode falar" (reportagem do Ari Silveira, 11 de outubro). Ou seja, a moradora considera normal matar por motivos de vingança entre quadrilhas. Da guerra entre quadrilhas para a matança aleatória o passo não é difícil, como vimos nessa chacina no bolsão Audi/União. Pior ainda, os bandidos são jovens, quase garotos que poderiam ter sido salvos desse caminho.
A violência no Brasil possui origens diversas, dependendo da região sob análise. O surgimento do tráfico de drogas, contudo, gerou um crescimento exponencial que precisa ser avaliado com profundidade. O Livro "Freakonomics" de Steven D. Lewitt e Stephen J. Dubner é uma boa base para análise, se imaginarmos paralelos entre o que acontece nos EUA e no Brasil, quem sabe com sugestões válidas para nós, brasileiros.
Os blogs http://zumbimaua.blogspot.com/ e http://projetosolnascentevilaaudi.blogspot.com/ têm informações preciosas para análise de vossa equipe de redatores e jornalistas.

Atenciosamente

João Carlos Cascaes

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