Mãe sadia, filhos melhores
A violência cresce sem parar no Brasil. Os sociólogos, psicólogos, psiquiatras, médicos, pedagogos, cientistas sociais têm material para inúmeros “papers”, dissertações, teses, livros, seminários etc. Por aqui o pessoal adora descobrir esses caminhos de redenção cultural e financeira, coisa que dá status e bons vinhos, sem falar nas viagens para lugares paradisíacos.
Conhecendo um pouco de nossa realidade, afinal, querendo basta ver com atenção as favelas queimando, carregadas pelas enchentes, sendo soterradas por montanhas de terra, cenário de tiroteios, espaço privilegiado de traficantes, podemos aprender muito, mais ainda quando, visitando lugares dessa espécie, descobrimos formas canalhas de exploração mais sofisticadas...
Felizmente alguns conseguem dizer algo novo, longe das teses moralistas ou ideológicas dos tempos de nossos avós (teses excelentes, levaram a Humanidade ao Holocausto e inúmeras guerras).
Dos Estados Unidos da América do Norte, que nos brindou com a eleição de um afrodescendente para a Presidência da República, mostrando ao mundo que a Democracia e a liberdade podem premiar pessoas brilhantes, independentemente da cor, religião e outras coisas, temos agora dois livros sensacionais, o Freakonomics e o Super Freakonomics. Seus autores, Steven D. Levitt e Stephen J. Dubner, a partir de pesquisas sérias, bem feitas, inteligentes, demonstram coisas impressionantes e irrecusáveis, diante dos métodos de pesquisa utilizados. Esses economistas com forte visão social colocaram em seus livros conclusões e sugestões fortes, sem achismos nem atavismos.
Para nós, vendo nosso povo escandalizado com escândalos de que são coniventes, afinal escolheram pelo voto e militância ou omissão os parlamentares e executivos de nosso país, descobrimos nos livros desses cientistas uma semelhança enorme de problemas estrangeiros com aqueles que vemos todo dia.
Afinal, se o jejum do Ramadan, quando feito por mulheres grávidas no primeiro mês pode aumentar em média a “chance de o recém-nascido vir a ter, como adulto, deficiência visual, auditiva ou de aprendizado será 20% superior à da média das crianças” (Superfreakonomics, pg 53), imaginem o que significa uma população inteira viver sem alimentação adequada durante anos, o que pode acontecer... (no Brasil isso existe?).
Assim como a religiosidade pode criar riscos de gravidez e crianças com deficiências, o que não dizer da moda de nossas garotas quererem ser magérrimas? Como será o primeiro filho delas?
E, para mostrar mais um fator de agressividade, como registram Steven e Syephen em Freakonomics: o pico da violência nos EUA aconteceu 15 após a aprovação da Lei do Aborto (sentença do julgamento Roe versus Wade, em 22 de janeiro de 1973, a Suprema Corte de Justiça, com base na décima quarta emenda à Constituição Federal declarando que "a personalidade legal não existe nos Estados Unidos antes do nascimento") passando a diminuir após esse ano (Freakonomics, capítulo 4), ou seja, à medida que filhos indesejados deixaram de existir com tanta intensidade a violência começou a diminuir.
No Brasil temos restrições severas ao aborto, assim os abortos clandestinos giram em torno de um milhão por ano. E quantas outras crianças nascem contra a vontade dos pais? Vivemos sob propaganda erótica intensa, promoção do sexo sem restrições e em um país tropical...
A violência assusta, não usamos a mídia para educar nosso povo para suas necessidades básicas (paca, tatu, cotia, CO2 e urso polar são mais importantes, afinal proporcionam prêmios, medalhas e honrarias pagas por fundações estrangeiras).
O resultado disso tudo é passamos a ter medo de tudo, a viver fechados em casa ou em shoppings (que maravilha para os donos desses estabelecimentos) e a duvidar da Democracia...
Precisamos de famílias sadias, amorosas, de filhos com pais responsáveis e sob educação consistente, justa, adequada aos desafios das megalópolis em que viverão ou, se isso não acontecer, que os deixem andar armados, preparados para a guerra urbana.
Cascaes
7.12.2009
A violência cresce sem parar no Brasil. Os sociólogos, psicólogos, psiquiatras, médicos, pedagogos, cientistas sociais têm material para inúmeros “papers”, dissertações, teses, livros, seminários etc. Por aqui o pessoal adora descobrir esses caminhos de redenção cultural e financeira, coisa que dá status e bons vinhos, sem falar nas viagens para lugares paradisíacos.
Conhecendo um pouco de nossa realidade, afinal, querendo basta ver com atenção as favelas queimando, carregadas pelas enchentes, sendo soterradas por montanhas de terra, cenário de tiroteios, espaço privilegiado de traficantes, podemos aprender muito, mais ainda quando, visitando lugares dessa espécie, descobrimos formas canalhas de exploração mais sofisticadas...
Felizmente alguns conseguem dizer algo novo, longe das teses moralistas ou ideológicas dos tempos de nossos avós (teses excelentes, levaram a Humanidade ao Holocausto e inúmeras guerras).
Dos Estados Unidos da América do Norte, que nos brindou com a eleição de um afrodescendente para a Presidência da República, mostrando ao mundo que a Democracia e a liberdade podem premiar pessoas brilhantes, independentemente da cor, religião e outras coisas, temos agora dois livros sensacionais, o Freakonomics e o Super Freakonomics. Seus autores, Steven D. Levitt e Stephen J. Dubner, a partir de pesquisas sérias, bem feitas, inteligentes, demonstram coisas impressionantes e irrecusáveis, diante dos métodos de pesquisa utilizados. Esses economistas com forte visão social colocaram em seus livros conclusões e sugestões fortes, sem achismos nem atavismos.
Para nós, vendo nosso povo escandalizado com escândalos de que são coniventes, afinal escolheram pelo voto e militância ou omissão os parlamentares e executivos de nosso país, descobrimos nos livros desses cientistas uma semelhança enorme de problemas estrangeiros com aqueles que vemos todo dia.
Afinal, se o jejum do Ramadan, quando feito por mulheres grávidas no primeiro mês pode aumentar em média a “chance de o recém-nascido vir a ter, como adulto, deficiência visual, auditiva ou de aprendizado será 20% superior à da média das crianças” (Superfreakonomics, pg 53), imaginem o que significa uma população inteira viver sem alimentação adequada durante anos, o que pode acontecer... (no Brasil isso existe?).
Assim como a religiosidade pode criar riscos de gravidez e crianças com deficiências, o que não dizer da moda de nossas garotas quererem ser magérrimas? Como será o primeiro filho delas?
E, para mostrar mais um fator de agressividade, como registram Steven e Syephen em Freakonomics: o pico da violência nos EUA aconteceu 15 após a aprovação da Lei do Aborto (sentença do julgamento Roe versus Wade, em 22 de janeiro de 1973, a Suprema Corte de Justiça, com base na décima quarta emenda à Constituição Federal declarando que "a personalidade legal não existe nos Estados Unidos antes do nascimento") passando a diminuir após esse ano (Freakonomics, capítulo 4), ou seja, à medida que filhos indesejados deixaram de existir com tanta intensidade a violência começou a diminuir.
No Brasil temos restrições severas ao aborto, assim os abortos clandestinos giram em torno de um milhão por ano. E quantas outras crianças nascem contra a vontade dos pais? Vivemos sob propaganda erótica intensa, promoção do sexo sem restrições e em um país tropical...
A violência assusta, não usamos a mídia para educar nosso povo para suas necessidades básicas (paca, tatu, cotia, CO2 e urso polar são mais importantes, afinal proporcionam prêmios, medalhas e honrarias pagas por fundações estrangeiras).
O resultado disso tudo é passamos a ter medo de tudo, a viver fechados em casa ou em shoppings (que maravilha para os donos desses estabelecimentos) e a duvidar da Democracia...
Precisamos de famílias sadias, amorosas, de filhos com pais responsáveis e sob educação consistente, justa, adequada aos desafios das megalópolis em que viverão ou, se isso não acontecer, que os deixem andar armados, preparados para a guerra urbana.
Cascaes
7.12.2009
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