Curitiba e a segurança dos seus cidadãos

Insegurança pública

Curitiba cresce celeradamente.
celerado (Houaiss)  adjetivo e substantivo masculino
1 que ou aquele que cometeu ou é capaz de cometer crimes de morte ou violência; facínora, criminoso
2 que ou aquele que possui má índole; mau, perverso
3 que ou o que é sacrílego, abominável
 adjetivo
4 característico dos grandes crimes (diz-se de coisas, idéias, doutrinas etc.)
Os bandidos estão fazendo a festa descobrindo que a capital paranaense não dispõe de estrutura capaz de garantir a segurança dos seus habitantes. A facilidade com que pessoas de mente criminosa agem na cidade é assustadora, sinalizando um futuro sombrio se nossas autoridades não reagirem energicamente, de imediato.
O vexame coritibano no final do campeonato brasileiro foi apenas o lance visível da ponta dum iceberg gigantesco.
Recentemente, em uma reunião de bairro, vimos e ouvimos lideranças locais assustadas com a responsabilidade de dirigir um CONSEG, Conselho de Segurança. A certeza da força dos criminosos simplesmente inibe qualquer ação eficaz, exceto dizer e fazer coisas cosméticas, superficiais. A regra é deixar que a segurança seja cobrada por bandidos organizados, que os traficantes continuem intocáveis etc. O mais surpreendente nesta reunião foi a menção a lideranças criminosas de pessoas mais do que conhecidas em Curitiba...
Para quem é engenheiro eletricista e conhece os recursos possíveis é preciso lembrar que Curitiba, sob inspiração e comando do Arquiteto Marcos Prado, foi a primeira cidade do hemisfério sul a instalar e operar um sistema de vigilância com unidades óticas comandadas à distância (década de 60), sistema abandonado por seus sucessores, graças à miopia típica de pessoas despreparadas, eventualmente ocupando cargos elevados.
O crime da rodoferroviária, a descoberta de uma menina assassinada dentro de uma mala sob uma escada daquele local, surpreendeu-nos pela ausência até então de sistema com câmaras de vigilância, hoje a custos irrisórios se comparadas àquelas dos tempos do Marcos Prado.
Em Curitiba as estações tubo duram incólumes apenas alguns dias para logo mostrarem vidros quebrados por vândalos. Até hoje nem elas, muito menos os ônibus, pior ainda os terminais têm sistemas de vigilância modernos, capazes de, no mínimo, registrar a cara e ação dos bandidos.
Isso é luxo?
Em 1988 30 cidades francesas tinham ou instalavam sistemas de vigilância e monitoramento do trânsito. Uma década mais tarde quase todas as cidades inglesas já operavam equipamentos de policiamento com observação áudio visual à distância.
Aqui, Brasil tranqüilo, talvez só venhamos a ter algo parecido quando matarem algumas personalidades de nossas elites.
A onda é Copa do Mundo e Olimpíadas, será que até lá voltaremos a viver sem medo de assaltos, tiroteios, armadilhas e coisas assim virando rotina na vida de todos nós?
Cascaes
15.12.2009

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