Prezado Amigo Cascaes,
Realmente os países ditos desenvolvidos destruíram suas florestas e hoje aparecem dizendo para o Brasil preservar as florestas amazônicas.
Eles não tem moral para dizer nada disso. Primeiro deveriam recuperar suas próprias florestas e depois de adquirir moral, aí sim, poderiam dar palpites.
Estive recentemente na amazônia, mais precisamente no município de Santarém, que tem superfício correspondente a 12% do território paranaense, com aproximadamente 24.000km2. Pelo menos, até onde deu para ver, naquele município há educação ambiental muito bem desenvolvido. O município contam com 463 Escolas Municipais e em todas elas são dadas a disciplina de Educação Ambiental em forma transversal, isto é, em todas as disciplinas o aspecto ambiental é reforçado.
A região conta com o IPAM-Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia sob a Presidência do Sr. Edi Lopes, que oferece apoio técnico na área ambiental para todos os municípios ribeirinhos do Rio Amazonas.
Tive acesso a uma Cartilha denominada: "Fazendo Educação Ambiental - O Mundo da Várzea", cujos textos foram escritos pelos Professores Sandra Machado, Fernanda Pimentel, Silmara Luciano e David McGrath.
A edição desta cartilha contou com o patrocínio de: "IPAM-Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, Prefeitura Municipal de Santarém, WWF, HSBC, Comunidade Européia e NAEA-Núcleo de Altos Estudos da Amazônia.
Conheci também a ESCOLA DA FLORESTA, numa área de 33 hectares cedida graciosamente pela Confederação Brasileira dos Seringueiros do Brasil. Esta Escola têm como VISÃO: " Educar para a vida, sensibilizando educandos e educadores das escolas municipais, bem como a sociedade civil e organizada, através da Educação Ambiental, promovendo e exercitando a cidadandia, contribuindo para a sua formação integral". Sua Missão é: "Promover educação ambiental de qualidade no sentido de contribuir para um ambiente ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e primando pelo desenvolvimento sustentável, mudança de comportamento e postura de todos os envolvidos no processo educacional no município de Santarém".
Que belo exemplo. Isto está acontecendo no meio da floresta amazônica. Merece nossos aplausos e reconhecimento.
A população ribeirinha não destroi florestas. Quem faz isso são os ditos "fazendeiros ricos e madeireiros" em áreas imunes às inundações, pensando somente em enriquecimento. Essas pessoas merecem ser bem fiscalizadas.
A população ribeirinha tem sofrido nos últimos anos com enchentes nunca vistas desde 1953, assim como estiagem nos meses de verão. No último período março/maio de 2009 eles experimentaram maior enchente pós 1953, onde cerca de 20% da população perderam suas casas, Outras foram inundadas. Apesar dessas adversidades, a população local não perdeu a esperança. Estão reconstruindo suas vidas, sem reclamar para ninguém. Um sentimento altruístico digno de nota.
Segue algumas fotos:
a) - 6.212 - A Professora Yuko Oguri e Secretária da Educação Professora Lucinéide Pinheiro;
b) - 6.290 - "Natureza viva, ambiente saudável". Escola Municipal de Ensino Fundamental São Jorge:
c) - 6.344 - Capim seco marcando até onde chegou o nível de água em março/maio de 2.009;
d) - 6.358 - A equipe formada por: (da Esquerda para Direita) - Edi Lopes, Presidente do IPAM, Lucinéide Pinheiro - Scretária Municipal da Educação de Santarém, Ricardo Burg - representante da UNESCO, Professores Tetsuro Yoshimoto, Yuko Oguri e Takayoshi Kusago, da JICA e Intérprete Tosihiro Ida.
Abraços
CL Tosihiro Ida
On Seg 1/02/10 11:39 , João Carlos Cascaes jccascaes@onda.com.br sent:
Professor
Ótimo!
Note, contudo, que os critérios de avaliação são específicos de quem fez essa classificação.
O Brasil tem uma tremenda cobertura vegetal ORIGINAL, o que não acontece na Alemanha, por exemplo.
Nos países mais gelados a cobertura vegetal é preservada por efeito da impossibilidade de existência humana, em outros graças à topografia.
No Brasil não precisamos mais expandir a fronteira agrícola.
Já exportamos muitos alimentos e temos o suficiente para o nosso povo.
Agora é a vez da tecnologia, ou seja, o Brasil tem tudo para dar um show.
Gigantes como os EUA, China e Índia ou estão destruídos ou atingiram picos absurdos de agressão ambiental apesar da tecnologia...
A hidroeletricidade é um handicap nosso que querem substituir por outras formas, mais caras e importadas, de geração de energia elétrica.
Lobista não falta.
Um grande abraço
Cascaes
----- Original Message -----
From: idatosihiro@terra.com.br
To: "João Carlos Cascaes"
Sent: Monday, February 01, 2010 11:22 AM
Subject: Re: Fw: Restriçoes a hidroelétricas
Prezado Amigo Cascaes,
Ontem a Gazeta do Povo (31.01.2010) noticiou que segundo ranking elaborado pelas Universidades americanas Yale e Columbia em relação à poluilão representado por Índice de Desempenho Ambiental 2010:
a) - No ranking de 163 países, o Brasil está em 160º, acima do Congo, Bolívia e Angola. É a pior posição do país em um total de 25 indicadores;
b) - Ficou em 113º lugar no quesito cobertura florestal;
c) - 143º lugar noem emissões per capita de gases de efeito estufa;
d) - 15º lugar quanto a matriz energética limpa, baseada principalmente em hidreléticas, em intesidade de carbono na área de energia;
e) - 62º na classificação geral, com 63,4 pontos em um máximo de 100 pontos;
f) - 35º lugar no ano de 2.008, com 82,7 pontos;
g) - Os primeiros colocados no ranking de 2010 são Islândia, Suída, Costa Rica e Suécia;
h) - Serra Leoa foi o pior colocado.
Veja que a melhor posição alcançada pelo Brasil foi justamente no tocante na área de energia, graças a matriz energética baseada em HIDRELETRICAS.
O reconhecimento veio de fora e não foi fabricado por algum patriota nosso!
Abraços
CL Tosihiro Ida
On Dom 31/01/10 22:58 , João Carlos Cascaes jccascaes@onda.com.br sent:
----- Original Message -----
From: João Carlos Cascaes
Sent: Sunday, January 31, 2010 10:49 PM
Subject: Restriçoes a hidroelétricas
Prezados amigos
É de chorar
Está na moda falar mal de hidroelétricas. O processo assusta quando chega em níveis elevados.
Vejam essa: http://www.ambienteenergia.com.br/2010/01/projeto-proibe-hidreletricas-em-estancias-hidrominerais/
Uma riqueza monumental do Brasil é o seu potencial hidroelétrico.
Esse deputado, Sua Excia. Ricardo Tripoli, sensível à mídia das tecnologias e máquinas importadas, cria dificuldades para nossas usinas.
Afinal, entre outras, o que é uma estância hidromineral?
A Siemens, GE etc. agradecem o empenho.
Qualquer empreendimento é submetido a estudos de impacto ambiental. Para quê a radicalização?
Dizer que alguma coisa é "estância hidromineral" é fácil.
Quem votou nesse indivíduo?
At.
Cascaes
31.1.2010
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