Manifestações em Florianópolis

Democracia Militar:


http://vimeo.com/11639619



Do mesmo cinegrafista, o vídeo Amanhã vai ser maior está disponível no youtube e tem outras imagens (algumas iguais) do ano de 2005.


Hoje, isso mudou. Nas manifestações que tem rolado (mai/2010) a polícia militar apenas faz um cordão de isolamento (empurrando quem tentar ir por outro lugar que ela não tenha definido) e o choque fica olhando, pronta para agir (como nos anos anteriores, mas com um novo aparato: pistola de choque) caso a manifestação resolva parar ruas centrais (av. Beira-mar, Rod. Gustavo Richard, ou a ponte Colombo Salles). Ou seja, a violência está menos gratuita. Tive até oportunidade de conversar com um comandante da PM. Muito simpático, ele disse que seu dever era manter a ordem garantindo o respeito à lei. E avisou-me que trancar rua, qualquer que seja, a qualquer hora, por qualquer motivo, era ilegal, mas que ali estava acontecendo e eles deixavam porque ... ... ... ...



O dia que houver alguma mudança respeitando-se a lei eu quero ser mico de circo.

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O Estado, o que é isso?


Temos governo, a serviço de quem?

Existe o “estado”, o que é isso. Houaiss diz que é o conjunto das instituições (governo, forças armadas, funcionalismo público etc.) que controlam e administram uma nação.

Sim, mas, a serviço de quem?

O conceito de “estado nacional” vem do século 19, principalmente a partir da lutas pela liberdade, igualdade, fraternidade e, mais do que tudo, a partir da consciência de classe e das lutas sociais. As elites dominantes resistiram de todas as maneiras possíveis às perdas de seus privilégios. Os poderes eram hereditários e o povo uma propriedade dos poderosos. As fronteiras, religiões, organização social eram o resultado de conflitos de famílias escolhidas pelas armas ou por vontades divinas para decidir sobre a vida ou morte de seus súditos.

O nacionalismo radical, o racismo e o apego a tradições foram estratégias usadas para jogar uns contra os outros, prolongando-se estruturas que perduram até hoje, fortalecendo-se com a ignorância das pessoas em geral.

Existe democracia, que democracia?

Quando campanhas eleitorais custam fortunas e dependem de doações explícitas, implícitas, ocultas, mafiosas, caixas 1, 2 ou 3 de empresas, empreiteiros e empreendedores é natural imaginar quais serão as cobranças, as lealdades.

A evolução do processo democrático depende muito da motivação, da indução, da educação e preparação para a evolução pacífica ou não das leis e regras de relacionamento entre o povo e suas autoridades.

É fácil perceber que estamos longe da democracia razoável, possível até pelos recursos fenomenais de comunicação mais modernos. Não interessa, contudo, aos poderosos que, por exemplo, a internet seja usada de forma saudável. Aliás, temos padrões de telecomunicações caros e ruins no Brasil, mera coincidência? Atrasos lamentáveis ou propositais?

Temos visto, neste início de 2010, que nossos problemas não estão apenas em mensalões distantes, acontecem fantasmagoricamente, rodeiam a gente.

Do transporte coletivo urbano ao lixo ficamos sabendo de “coisas” reveladoras, de relações libidinosas entre nosso “estado” e os políticos eleitos para governar e legislar. Felizmente nem todos os brasileiros são acomodados, para não usarmos outros adjetivos. Em Florianópolis o povo reage a aumentos mal explicados nas tarifas de ônibus. Aqui tivemos tarifaços e vamos para outros, se o modelo usado para outorga de concessões do serviço de transporte coletivo urbano de Curitiba acontecer conforme os termos do edital feito e publicado em 29 de dezembro de 2009.

Somos tolerantes, não vamos reagir em Curitiba, mas os catarinenses... parece que descobriram seus limites.

De qualquer forma vamos aos poucos readquirindo nossa capacidade de reagir, aprendendo, tendo exemplos e criando motivações. Obviamente, dependendo da educação de cada um talvez a juventude prefira as badernas futebolísticas, quem sabe, contudo, outros jovens descubram que lutar por mais justiça e cidadania seja melhor, mais gratificante e permanente na memória dos futuros adultos.



Cascaes

18.5.2010

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