Antipó - campanha contra

http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1010825&tit=Solucao-em-1970-antipo-vira-vilao

A administração municipal diz que está fazendo:
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:3WACOClhkTQJ:www.curitiba.pr.gov.br/publico/noticia.aspx%3Fcodigo%3D19247+antip%C3%B3+%22curitiba%22&cd=4&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br





Nossas ruas e o antipó


De 1970, quando Curitiba adotou o antipó para ruas secundárias, até hoje, 2010, quarenta anos passados, muita coisa mudou na capital paranaense. Mesmo sem números precisos é fácil perceber que a quantidade de veículos motorizados cresceu muito assim como o peso dos carros de serviço. O resultado é a existência de ruas raramente sem buracos, remendadas, perigosas e sem meio fio, ausência de calçadas, perigosas enfim.
Talvez o pior efeito da utilização do antipó em Curitiba foi o relaxamento em relação às calçadas[i]. O pedestre é obrigado a disputar com os carros um espaço ruim para todos, com certeza agravando as estatísticas tétricas de nossa cidade.

O respeito aos cidadãos comuns foi desprezado na preocupação de se cobrir de asfalto a cidade, muitas vezes com o aplauso dessas mesmas pessoas, inconscientes em relação ao convite à velocidade que o asfalto induz, por pior que seja.

O conjunto, entretanto, é que merece nossa atenção.

Drenagem precária[ii], calçadas e meio fio inexistentes, ruas que automaticamente se classificam como de quinta categoria, mas que, com o crescimento da cidade, vão se tornando movimentadas, mais e mais perigosas. E não são poucas.

Na reportagem do jornalista Ari Silveira, Gazeta do Povo, dia 6 de maio de 2010, sob o título “Solução em 1970, antipó vira vilão”, temos os números do IPPUC, que dizem existir na capital[iii] 2.141 km de ruas com antipó, 1.736 km asfaltadas (padrão normal), 422 km de ruas de saibro e 156 km com outros padrões, num total de 4.450 km de caminhos oficiais (3 km de calçadão), mostrando a necessidade de se criar uma sistemática mais eficaz para nove mil quilômetros de calçadas (existentes ou não, mas necessárias, importantes), que na maioria absoluta carecem de requisitos técnicos seguros, manutenção adequada, boa iluminação, policiamento, vigilância, etc.

Sob (debaixo) esses 4.450 quilômetros de ruas, muito talvez por efeito da tremenda crise econômica, financeira e institucional que gerou um caos engenheiral no Brasil, não existe o que poderia estar lá (milhares de quilômetros de fios para energia elétrica e telecomunicações) e o que foi instalado debaixo dos passeios em boa parte não deve estar em boas condições, como podemos notar caminhando em alguns bairros, onde notamos afundamentos ao longo da canalização para águas servidas e/ou pluviais.

Nesse cenário ruim sabemos que a maior parte da receita fiscal desaparece fora do município quando aqui também devemos resolver problemas sociais gravíssimos, causados pela falta de atenção ao nosso povo rural, que se tornou urbano, em levas de migrações contínuas em busca da esperança perdida no campo.

Assim vale destacar, elogiar e apoiar a campanha indicada pelo Jornal Gazeta do Povo, transcrevendo o que está na reportagem indicada acima:

... empresário Antônio Marques França, de 47 anos, lidera um movimento contra o antipó, que pretende coletar 10 mil assinaturas, uma amostra estatística que ele considera representativa da população curitibana. O abaixo-assinado será usado como instrumento de pressão para cobrar uma solução por parte do poder público. As pessoas interessadas em aderir ao movimento podem solicitar o formulário via e-mail (reclame@diganaoaoantipo.com.br  ), imprimir uma cópia e reunir as assinaturas na vizinhança.

É, pois, com entusiasmo e sugestões de atenção para as calçadas, segurança dos pedestres e revisão de instalações das concessionárias de energia, telecomunicações, água e esgoto que apoiamos o empresário Antônio Marques França em sua campanha contra o antipó.

Cascaes
6.6.2010

--------------------------------------------------------------------------------
[i] http://cidadedopedestre.blogspot.com/
[ii] http://mirantedefesacivil.blogspot.com/
[iii] http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1010825&tit=Solucao-em-1970-antipo-vira-vilao

Comentários

  1. Cascaes:
    Sem dúvida a iniciativa é nobilíssima.
    Acredito que seu comentário complementa muito bem este projeto, pois aborda a questão da via pública como um todo - não só a pista de rolamento, mas também calçadas, como utilidade para o pedestre e também como nicho técnico para todo o "shaft" de instações de utilidades urbanas.

    ResponderExcluir

Postar um comentário