Cidades intransitáveis e mais violentas


As teses para o futuro recomendam mudanças drásticas de uso da energia e de formas adequadas à racionalização de comportamentos. Se acreditamos que a energia dessa ou daquela espécie é ruim, que a poluição sonora é agressiva, que os gases afetam a gente a partir do chão etc. precisamos com urgência de novos padrões de urbanismo e gerência das cidades.
É bom lembrar que, para diminuir a poluição, a utilização do transporte coletivo urbano é fundamental e caminhar, sempre que possível, deve ser a primeira opção de deslocamento pessoal.
Onde moramos temos o nosso eu social e aí existimos, se pudermos sobreviver. Nada mais justo do que se preocupar com a cidade em que vivemos.
Lamentavelmente tolerâncias de diversas espécies fazem do Brasil uma base que precisa de milhões de fiscais, policiais e recursos para compensar a eterna pusilanimidade no relacionamento externo e interno.
Assim, ser assaltado em Curitiba é pouco diante do ambiente de assassinatos, que alguns amigos relatam em seus bairros.
Os casos familiares perdem importância, mas merecem um registro.
Minha filha teve seu carro roubado, vítima de um bandido armado, que felizmente não usou o revolver utilizado para lhe tirar o carro (bairro da Fazendinha, abril de 2011) e minha esposa, há dois anos, passou por uma experiência violenta perto da ponte sobre o rio Belém (Rua Eng. Rebouças, vidro do carro rebentado por uma barra de ferro e tentativa de roubo de sua bolsa). Minha neta, no pátio da Universidade Positivo encontrou seu carro sem estepe assim como outros alunos tiveram a mesma “sorte” (abril deste ano), fato que está preocupando os alunos pela frequência do ato criminoso (e lá eles têm guarda particular).
Assim, parando para não escrever um livro em torno do que passamos e ouvimos em Curitiba, vamos tratar de outro assunto, cães violentos mal cuidados.
Ontem, dia 3 de junho de 2011, caminhando para pegar o ônibus num ponto da Getúlio Vargas, ainda na Rua Wenceslau Glaser, de dentro da casa 132 saiu uma matilha de cães onde o macho (ou fêmea) alfa me surpreendeu, mordendo-me violentamente (Cascaes, O perigo de caminhar pelos bairros de Curitiba). Felizmente sei enfrentar esse tipo de situação e assim consegui me livrar da cachorrada, doida para mastigar um ossinho de um idoso e meio surdo. Para registro e atendimento pedi, via celular (para não pensarem que era trote) que minha esposa solicitasse atendimento médico do SIATE, PMC (156, zoonose) e presença da Polícia (os cães estavam prontos para caçar outro incauto pedestre). Depois de esperar quase meia hora aceitei voltar para casa de carona com a esposa, procurando, a seguir, o Pronto Socorro do Hospital Santa Cruz (sempre atendendo bem). Agora é tomar antibiótico e tentar saber se o cachorro (branco) morreu (Animais Domésticos e Problemas Urbanos). Se ele estiver com raiva (doença) e isso será evidenciado pelo seu óbito (falando difícil) estarei na fila da vacina.
Hoje, voltando ao local para identificar fotograficamente o cão mordedor, não o vi mais. Conversando com um vizinho, contudo, ele me disse que já tinham reclamado desse animal, pois três pessoas já tinham sido agredidas por ele, inclusive funcionária da empresa. E a PMC? Faltou agilidade...
Falando de cães, sabemos das dificuldades da Sociedade Protetora de Animais (Nossa História) e sua impossibilidade de resolver os problemas gerados em Curitiba (além do trabalho da PMC). Na mídia existem reportagens sobre o mau uso de cães para proteção de imóveis. A ignorância e irresponsabilidade de muitos diante deste problema é grande. Assim afirmamos que a gravidade dessa situação não é pequena.
No Hospital Santa Cruz, em pleno Batel, a informação dada por uma enfermeira foi de que é comum atenderem pessoas feridas por cachorros.
Aprendemos muito com o Dr. Biondo no (Projeto Zumbi - Mauá) e com sua equipe vimos e ouvimos aulas a respeito da atenção a animais abandonados.
O problema é que estamos numa situação de tantos anos de desatenção real com os problemas de segurança no Paraná que esse talvez seja o menor, mas assusta.
Felizmente não disputaremos concursos de beleza e sabíamos como reagir ao incidente, e outros, teriam a mesma sorte?
Como fica a mobilidade e autonomia de idosos, PcD, pessoas doentes, crianças e o povo em geral numa cidade mal iluminada e carente de gerenciamento técnico eficaz?

Cascaes
4.66.2011

Cascaes, J. C. (s.d.). Acesso em 16 de 1 de 2011, disponível em Projeto Zumbi - Mauá: http://zumbimaua.blogspot.com/
Cascaes, J. C. (s.d.). O perigo de caminhar pelos bairros de Curitiba. Fonte: Mirante pela Cidadania: http://mirantepelacidadania.blogspot.com/2011/06/o-perigo-de-caminhar-pelos-bairros-de.html
Curitiba, S. M.-P. (s.d.). Animais Domésticos e Problemas Urbanos. Fonte: ambientebrasil: http://ambientes.ambientebrasil.com.br/urbano/artigos_urbano/animais_domesticos_e_problemas_urbanos.html
Nossa História. (s.d.). Fonte: Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba - SPAC: http://www.spacuritiba.org.br/novo/historia_pt.html

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