Entre no link abaixo e veja o restante do artigo- uma parte dele já está aquí:
"A tese do ressentimento de grandes grupos com acesso à sociedade de consumo, mas sem lugar pensante na elite não é nova nem sequer exclusiva do Brasil. Está em A Rebelião das Massas, publicada em 1926 pelo filósofo espanhol Ortega y Gasset.
O pensador via na homogeneização da sociedade europeia da época um risco para o futuro dessa mesma sociedade. O longo período da paz da belle époque e os efeitos da Revolução Industrial haviam criado uma classe média urbana nos países europeus. Os efeitos da Primeira Guerra Mundial porém, solaparam algo desse bem-estar social e produziram uma geração de ressentidos. Uma geração falante, cheia de si, ressentida, a qual Gasset classificou de homem-massa.
“Esse homem-massa é o homem previamente esvaziado de sua própria história, sem entranhas de passado... carece de um ‘dentro’, de uma intimidade própria, inexorável e inalienável, de um eu que não se possa revogar. Eis porque está sempre disposto a fingir que é alguma coisa. Só tem apetites, pensa que só tem direitos e não acha que tem obrigações: é um homem sem obrigações de nobreza”, diz Gasset já no prológo de sua obra."
Comentários
Postar um comentário