homem-massa

Pucci f.pucci@terra.com.br
08:34 (6 horas atrás)
para destinatários desconhecidos
Que hoje temos uma sociedade de massas impulsionada pelo hedonismo consumista, é inegável frente a qualquer análise. Gasset oscilou, realmente, entre essa constatação e o louvor ao Homem Nobre, que (diga-se) jamais identificou com o burgues. 
Esse caráter hedonista e alienado das massas, que ¨justificaram¨ o nazismo, já foi analisado por Erich Fromm, marxista da Escola de Frankfurt, psicanalista, em (entre outros) O Medo à Liberdade.
De qualquer forma, segue o artigo para reflexão:


Entre no link abaixo  e veja o restante do artigo- uma parte dele já está aquí: 
"A tese do ressentimento de grandes grupos com acesso à sociedade de consumo, mas sem lugar pensante na elite não é nova nem sequer exclusiva do Brasil. Está em A Rebelião das Massas, publicada em 1926 pelo filósofo espanhol Ortega y Gasset.
O pensador via na homogeneização da sociedade europeia da época um risco para o futuro dessa mesma sociedade. O longo período da paz da belle époque e os efeitos da Revolução Industrial haviam criado uma classe média urbana nos países europeus. Os efeitos da Primeira Guerra Mundial porém, solaparam algo desse bem-estar social e produziram uma geração de ressentidos. Uma geração falante, cheia de si, ressentida, a qual Gasset classificou de homem-massa.
“Esse homem-massa é o homem previamente esvaziado de sua própria história, sem entranhas de passado... carece de um ‘dentro’, de uma intimidade própria, inexorável e inalienável, de um eu que não se possa revogar. Eis porque está sempre disposto a fingir que é alguma coisa. Só tem apetites, pensa que só tem direitos e não acha que tem obrigações: é um homem sem obrigações de nobreza”, diz Gasset já no prológo de sua obra."

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