Plano Dilma Mantega

Plano Dilma Mantega
Nunca na história do Brasil, exceto no lançamento do Plano Real, tivemos um plano tão abrangente, contundente e complexo quanto o arsenal anunciado pelo ministro Guido Mantega avisou e apresentado gradativamente pelo Governo Federal.
Nós já víamos como uma espécie de endemia acadêmica incurável as lógicas do Consenso de Washington e a esperteza dos banqueiros, algo que parecia imbatível nas nossas relações econômicas. Desesperadamente escutávamos em seminário a seminário e artigos de economistas independentes o alerta sobre o peso dos juros absurdos que o Brasil paga (cidadão, empresas, municípios, estados e União), ou melhor, pagava. O garrote vil apertava o pescoço de todos e a desculpa era a inflação, algo inevitável num país que se habituou a remunerar pessimamente mal os serviços do trabalhador comum.
Naturalmente melhorar o padrão de vida do povo significa um realinhamento de preços e luxos antigos desaparecem diante do peso de salários dignos ao trabalhador.
A mídia, contudo, era fortíssima, bem articulada. Os economistas televisivos, a maioria, apareciam entre sorrisos marotos ou olhares tétricos anunciando taxas elevadas e aplaudindo o Governo por sua “coragem”.
Para mudar precisamos de uma crise econômica mundial causada pelos especuladores e banqueiros desonestos que imperam em outros países, além de comentários sarcásticos quando nossa Presidente Dilma Rousseff reclamou do tsunami monetário e os empresários exportadores brasileiros sentiram-se impotente contra a esperteza de novas e velhas potências econômicas (e militares). Com certeza mais do que isso: um bom governo, competente e determinado. Esperamos que o Congresso Nacional não atrapalhe e a famosa Base Política tenha o bom senso de agilizar o que for necessário...
CPIs? Deixem o Poder Judiciário e a Polícia trabalharem, as Comissões Parlamentares de Inquérito são inócuas e atrapalham o Brasil, pelo que vimos até agora.
Esse mês de abril entrará para a história, não apenas pelas revelações incestuosas desse senhor Carlinhos “Cachoeira” e da Polícia Federal como, principalmente, nas decisões do Governo Federal que determinou à Caixa Econômica a redução de juros e, dando mais um exemplo, reduzindo a taxas justas e necessárias o empréstimo consignado.
Pasmem, até a microempresa foi lembrada...
Em uma reunião reservada um amigo nos disse que Dilma Rousseff é ótima. Se não mudar, com certeza entrará para o panteão dos grandes líderes, muito menos pela simpatia do que pela enérgica competência, valorizando um cargo que os brasileiros respeitam: a Presidência da República. Que maravilha!
Há muitos anos tínhamos esperanças de mudanças, afinal o Plano Real e a salvação dos bancos passaram pelas fases de realizações emergenciais. Seria mais do que justo que nosso país se ajustasse a níveis civilizados.
Precisamos de tudo, o custo Brasil é elevadíssimo por efeito da agiotagem e da ausência de infraestrutura educacional, científica, de transporte, portos e aeroportos, saúde, saneamento básico, segurança etc.. Ou seja, temos um espaço fantástico de investimentos que poderão ser acelerados se a burocracia infernal se reduzir.
Naturalmente corporações de beneficiários de carimbos e grupos de trabalho contestam. O preciosismo dos tecnocratas trabalha contra a modernização do Estado. Para não errar querem que nada seja feito.
O próximo passo de nossa Presidente deve ser a otimização de leis, decretos, normas, procedimentos, requerimentos, processos, atribuições, delegações etc. com a preocupação da agilização do Brasil. É sufocante querer trabalhar fora do Governo no Brasil, muito pior é empreender.
Precisamos de simplificação da área fiscal, dos alvarás e certidões, da inibição de corporações egoístas que não se preocupam com o povo mais humilde que quer trabalhar e estudar honestamente e de organizações e métodos ultrapassados. Temos paquidermes que precisam emagrecer... e gastar menos.
Parabéns à Presidente e que continue nesse caminho. Os inimigos são poderosos, mas nossa Dilma Rousseff, Sua Excelência, sabe enfrentá-los.

Cascaes
17.4.2012



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