O Dia das Mães - o Programa Brasil Carinhoso e nossa opinião

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O Dia das Mães

Ser e aceitar a maternidade sempre foram atos de suprema coragem. Gerar filhos significava muitas transformações e dependências que tornavam a mulher frágil perante sociedades machistas por força de corpos masculinos e guerreiros. A mãe livre e por opção própria é um fato recente, que transforma a nossa sociedade, tornando-a mais justa e fraterna, independentemente do sexo, mas ainda longe da cultura universal de mútuo respeito que muitos povos ainda renegam.

Seria algo de valor inestimável se nessa época nossas universidades, escolas em geral e ONGs dedicadas a questões de gênero e família promovessem manifestações e debates sobre a situação da mulher em nossa sociedade, pois há muito a fazer para que o respeito pela mãe em sua condição de mulher e cidadã seja uma situação real e inquestionável.

Sejam quais forem os motivos que mudaram uma moça em mulher e mãe, o resultado desse instinto que pode se transformar em amor, é a nossa existência e de todos os seres humanos. Nada mais justo, portanto, que entre tantas datas festivas essa, o Dia das Mães, seja uma das maiores.

É interessante pesquisar a origem dessa comemoração e da Wikipédia temos que “A mais antiga comemoração dos dias das mães é mitológica. Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Reia, a Mãe dos deuses. O próximo registro está no início do século XVII, quando a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães. Era chamado de "Mothering Day", fato que deu origem ao "mothering cake", um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo.”

Ou seja, os gregos da antiguidade imaginavam e festejavam a “Mãe dos Deuses”, Reia, algo magnífico se imaginarmos o que isso representava: os deuses tinham sido gerados por uma mulher que usou de sua inteligência para salvar seus filhos do pai assustado com aqueles que poderiam lhe destronar.

O Cristianismo colocou em altíssimo nível Maria, mãe de Jesus, apesar de questionamentos e qualificações que se transformaram em heresias com toda a violência daqueles tempos...

Os ingleses, uma das pátrias da Revolução Industrial (duríssima com os trabalhadores) reconheciam a importância de alguma forma de homenagem às mulheres mães (e produtoras de soldados, operários, etc.) já no século dezessete.

 Só no século vinte, contudo, o Dia das Mães veio a se institucionalizar a partir do exemplo dos EUA (da Wikipedia: O Dia das Mães também designado de Dia da Mãe teve a sua origem no princípio do século XX, quando uma jovem norte-americana,Annie Jarvis, perdeu sua mãe e entrou em completa depressão. Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a ideia de perpetuar a memória da mãe de Anny com uma festa. Annie quis que a homenagem fosse estendida a todas as mães, vivas ou mortas. Em pouco tempo, a comemoração e consequentemente o Dia das Mães se alastrou por todos os Estados Unidos e, em 1914, sua data foi oficializada pelo presidente Woodrow Wilson: dia 9 de Maio.”

Assim temos agora datas e formas de demonstração de amor às mães, no Brasil no segundo domingo de maio.

Em nosso trabalho com o Lions Clube Curitiba Batel e inspiração de companheiros de diversas entidades [(PROJETO LIBERDADE EM AÇÃO – VILA LIBERDADE, ANA MARIA E NOVA ESPERANÇA), (Mirante da Educação), (Mirante do Comunidade Escola) etc.] descobrimos e consolidamos preocupações que merecem atenção.

A maternidade (e paternidade) responsável não é natural quando a juventude mostra sua força. Isso justifica campanhas permanentes de conscientização de famílias formais ou não, pois a criança indesejada e abandonada materialmente e/ou emocionalmente é a base de pesadelos para ela e para todos que mais tarde a encontrarão adulta e mal formada. Vale a leitura atenta de (Freakonomics) para compreender causas e efeitos do que acontece por aqui, estudando o exemplo norte americano relatado pelos autores (The Freakonomics Story) do livro citado e vendo em nossos jornais as páginas policiais que trazem um cotidiano de horror e miséria.

Para exemplificar, visitando um posto de saúde na Vila Audi pudemos registrar depoimentos que confirmam uma série de causas e efeitos da maternidade irrefletida (O comportamento das meninas e moças) nos bairros mais pobres. Nesse depoimento (de uma pessoa que conhece em detalhes o que afirma) gravamos o que lemos, vimos e escutamos em muitos outros lugares, ou seja, a coleção de fatores de demolição da família mais humilde e a tragédia social em mergulhamos.

Se em locais pobres temos problemas, eles não são menores, apesar de diferentes, em ambientes ricos e até em países mais desenvolvidos culturalmente (Crianças ricas, mas abandonadas por seus pais, 2011).

Por tudo e para o bem de todos queremos destacar a boa mãe, educadora, responsável e dedicada. Nosso desafio é transmitir essa condição para que no futuro todos possam dizer: mãe, eu te amo e com você aprendi a ser responsável, justo e a formar uma boa família.

Queremos, pois, abraçar e cumprimentar as mães, lembrando, contudo, a importância da educação ampla e responsável, algo que todos nós podemos ajudar se quisermos assim demonstrar que a mãe que nos deu à vida soube cuidar e fazer de nós pessoas fraternas e responsáveis por nossas famílias e de todas aquelas ao nosso alcance.

Feliz Dia das Mães!

Cascaes

12.5.2012

Crianças ricas, mas abandonadas por seus pais. (10 de 3 de 2011). Fonte: LPC Comunicações: http://www.lpc.org.br/noticias/1204-criancas-ricas-mas-abandonadas-por-seus-pais

Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Mirante da Educação: http://mirante-da-educacao.blogspot.com.br/

Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Mirante do Comunidade Escola: http://mirante-do-comunidade-escola.blogspot.com.br/

Cascaes, J. C. (s.d.). O comportamento das meninas e moças. Fonte: Projeto Sol Nascente na Vila Audi: http://projetosolnascentevilaaudi.blogspot.com.br/2009/12/o-comportamento-das-meninas-e-mocas.html

Cascaes, J. C. (s.d.). PROJETO LIBERDADE EM AÇÃO – VILA LIBERDADE, ANA MARIA E NOVA ESPERANÇA. Fonte: PROJETO LIBERDADE EM AÇÃO – VILA LIBERDADE, ANA MARIA E NOVA ESPERANÇA: http://projetoliberdadeemcolombo.blogspot.com.br/

Freakonomics. (s.d.). Fonte: Livros e Filmes Especiais: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/2010/05/freakonomics.html

The Freakonomics Story. (s.d.). Fonte: Freakomics - The hidden side of everything: http://www.freakonomics.com/about/