O prazer mais prolongado na vida é a amizade


O prazer mais prolongado na vida é a amizade
Curitiba, 23 de Dezembro/2012.
Tempo de festas, de incertezas. Acordei e me pus a pensar sobre a vida, sobre aspectos da natureza humana. De pronto chegaram para uma conversa, em monólogo com meus querubins e diabitos, diálogos passados e alguns recentes, com familiares, com pessoas diversas, assim como lembranças de parentes, de amigos e até de vizinhos. Sem fazer escolha ou juízo de valor, se enquadraram em cenários diversos na minha mente pessoas de convivência boa, pessoas de trato ruim e até aquelas sem valor pendente para um lado ou para outro, quase indiferentes a qualquer juízo da minha censura. Pensando nelas logo surgiram frases soltas.
"O mundo já acabou, pelo menos para aqueles pegos no interior das catástrofes mais recentes, mais localizadas, mas não para a maioria dos habitantes da Terra." "O infinito do homem é a vida." "O prazer mais prolongado é a amizade." "O banho mais surpreendente vem da chuva." "O banho mais curto vem da lágrima." "O pensamento mais curto ninguém se recorda, ficou prisioneiro do sonho não revelado." "A bondade mais acreditada vem da gratuidade do gesto espontâneo."
São apenas frases, mas talvez traduzam o espírito do Natal a rondar os passarinhos da minha árvore. O mais intrigante, porém, é o fato de que a árvore vizinha da minha janela, tão useira e vezeira em receber visitas curtas de periquitos, de sanhaços, de bem-te-vis, de sabiás e de outros pássaros com trinados não identificáveis pelo meu baixo saber, está calada. Talvez seja cedo demais. Talvez tenham eles nestes tempos de festas ido visitar parentes distantes. Quem saberá dizer? Quem poderá acompanhar a rota dos pássaros que não os pesquisadores? Mas mesmo eles não saberão dizer do comportamento dos seres voadores, dos seus sentimentos. Pelo menos não nesta época do ano.
Perdoem-me, mas estas são apenas palavras soltas, de alguém que na véspera do Natal se ocupa em emprestar do tempo alguns momentos para lembrar dos amigos, lembrar de quão curta é a vida e quanto precisamos regar o jardim da amizade, antes que seu próprio tsunami chegue e apague a luz da sua vida e seu infinito encontre o próprio fim.
Feliz Natal a todos!
É o desejo do Tonicato Miranda


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