A partir do início da nova administração de Curitiba, liderada pelo Dr. Gustavo Fruet [1], o transporte coletivo se transformou em manchetes pouco elogiosas às administrações anteriores. Infelizmente as críticas são procedentes e mereceriam uma auditoria independente, principalmente em relação à bilhetagem automática e o processamento de dados obtidos. É difícil de acreditar que o IPK, Índice de Passageiros por Quilômetro (Km), esteja tão baixo. Gostaríamos de saber, cidade por cidade, qual é o valor utilizado em cálculos tarifários.
O verdadeiro IPK pagante, aquele que afeta as tarifas, é mais nebuloso, pois depende demais da qualidade dos sistemas de controle de usuários do sistema.
As dúvidas só aumentam quando, tendo-se algum conhecimento técnico do assunto, vemos todos aceitarem candidamente o que é anunciado.
Em Curitiba sentimos a cidade caminhando para a segunda etapa do tarifaço.
A questão não se resume a tarifas e IPKs.
O desmonte da RIT assusta quem depende do transporte metropolitano diariamente.
Diante do risco político de aumentos exagerados pensamos de como seria bom se o Governo Federal de plantão, com o seu titular sendo filiada ao PT e aqui a vice-prefeita eleita representando o Partido dos Trabalhadores, não poderia encontrar uma fórmula para compensar a perda do apoio estadual. Afinal para fazer uma pequena linha de metrô tínhamos a proposta de participação da União (Projeto atual do metrô vai precisar de até R$ 200 milhões em subsídio, 2013) . Só com o que viria a fundo perdido seria possível manter a RIT por muitos anos sem alteração da equação existente.
Assusta, contudo, a possibilidade de existir alguma estratégia tipo (O BODE RUSSO) . O caos que se seguirá ao final da integração do transporte coletivo urbano na RMC (Pesadelo operacional se a Integração (RIT) acabar em maio de 2013 na RMC , 2013) poderá ser um apoio a um tarifaço salvador...
A calmaria que precede tempestades assusta. Está quase sobre nós uma massa de nuvens que só faltam explodir em raios e torrentes de água mais ventos imprevisíveis. Naturalmente tudo poderá ser pessimismo, ficção. Afinal os meteorologistas erram muito, mais ainda os palpiteiros de plantão. Para quem, entretanto, tem experiência e exerceu atividades nessa área (Cascaes, O transporte coletivo urbano – um desafio de todos os cidadãos) e habitou-se há décadas a analisar o que acontece, a tempestade já começou de leve, apenas trovões e relâmpagos. O resto virá em seguida.
Pior que a tempestade de onde se pode sair bem é a hipótese dela vir a ser um “bode russo”.
Angustia mais ainda saber que para receber gringos num mundo em crise vale tudo, enquanto isso nosso povo abestalhado festeja decisões padrão “pão e circo”, até quando?
Cascaes
13.4.2013
Cascaes, J. C. (4 de 2013). Pesadelo operacional se a Integração (RIT) acabar em maio de 2013 na RMC . Fonte: Ponderações Engenheirais: http://pensando-na-engenharia.blogspot.com.br/2013/04/pesadelo-operacional-se-integracao-rit.html
Cascaes, J. C. (s.d.). O transporte coletivo urbano – um desafio de todos os cidadãos. Fonte: O Transporte Coletivo Urbano - Visões e Tecnologia: http://otransportecoletivourbano.blogspot.com.br/2012/06/o-transporte-coletivo-urbano-um-desafio.html
DEPETRI. (s.d.). O BODE RUSSO. Fonte: DEPETRI - CRÔNICAS & ARTIGOS: http://depetri-crnicas.blogspot.com.br/2010/12/o-bode-russo.html
GONÇALVES, A. (5 de 3 de 2013). Projeto atual do metrô vai precisar de até R$ 200 milhões em subsídio. Fonte: Gazeta do Povo: http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=1350537&tit=Projeto-atual-do-metro-vai-precisar-de-ate-R-200-milhoes-em-subsidio
[1]Gustavo Bonato Fruet (Curitiba, 18 de abril de 1963) é um advogado e político brasileiro filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT). É filho do também político Maurício Fruet, ex-prefeito de Curitiba. Seu último cargo público foi de deputado federal, seu terceiro mandato.
Nas eleições 2012, foi eleito prefeito de Curitiba para gestão 2013-2016.
É formado em Direito pela Universidade Federal do Paraná, onde concluiu também mestrado e doutorado na área. - Wikipédia
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