Dia das Mães - momento de alegria e reflexões


Feliz dia das mães – a mulher
Nosso calendário comercial[1]e afetivo dá destaque ao segundo domingo de maio, Dia das Mães. Pode ser um momento de muitas reflexões, mas a alegria das mulheres que chegaram à maternidade demonstra que, apesar de toda a exploração mercantilista, vale festejá-lo e, se possível, pensar na situação delas em outros lugares desse planeta.
 Desde sempre a fragilidade física feminina, principalmente durante a gravidez e logo após, foi motivo de dominação masculina. Isso se cristalizou em inúmeras religiões, seitas e costumes, formando-se um clima de misoginia impressionante em países teocráticos, principalmente. As religiões, de modo geral, têm sua base no passado remoto, quando a necessidade de proteção física e social das mães era uma demonstração para teóricos e profetas que se diziam inspirados por fontes divinas.
Algumas dessas entidades adotaram fórmulas interessantes de exclusão, como, por exemplo, atribuindo qualidades santificadas às mulheres, assim, enquanto as fêmeas eram obrigadas a esconder seus instintos sexuais, eles criavam e explodiam suas taras sobre mulheres “da vida” e até crianças abandonadas.
E nossas mães?
Felizmente no Brasil temos liberdade, ainda.
Apesar de posicionamentos absurdos de pessoas com muito poder em Brasília no Congresso Nacional, conseguimos até agora evitar o império de fórmulas de dominação, ou melhor, corrigindo, tínhamos a impressão de que marchávamos para um ambiente de maior tolerância. 
A ignorância funcional (Prieto) de nosso povo facilita a entronização de pessoas perigosíssimas. No Brasil, sempre submetido a lógicas que valorizavam a alienação do povo, esse é um problema especialmente agudo. A conveniência de se explorar a alienação de escravos formais e informais, de todas as cores, fez com quê já no século 21 da era cristã estejamos longe de atingir índices razoáveis em educação e civismo.
Feliz Dia das Mães.
Que seja também o dia da mulher, de reflexões sobre sua segurança, saúde, acessibilidade ao mundo “dos homens”, educação e aceitação plena de sua condição de cidadã, sem distinções por motivos sexuais. Ao contrário, deve ser valorizada quando decidir engravidar de forma responsável e consciente, entrando nesse mundo misterioso aos homens, o da maternidade.
Cascaes
11.5.2013

Prieto, A. C. (s.d.). Analfabetismo Funcional - Uma triste realidade de nosso país... Fonte: Planeta Educação: http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=700




[1] Nos Estados Unidos, as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a celebração das mães foi dada pela ativista Anna Maria Reeves Jarvis que organizou em 1865 os Mother's Friendship Days (dias de amizade para as mães) para melhorar as condições dos feridos na Guerra de Secessão que assolou os Estados Unidos no período. Mais cedo, em 1858, Jarvis havia fundado os Mothers Days Works Clubs com o objetivo de diminuir a mortalidade de crianças em famílias de trabalhadores. Em 1870 a escritora Julia Ward Howe (autora de O Hino de Batalha da República) publicou o manifesto Mother's Day Proclamation pedindo paz e desarmamento depois da Guerra de Secessão.
Mas reconhecida como idealizadora do Dia das Mães na sua forma atual é a metodista Anna Jarvis, filha de Ann Maria Reeves Jarvis, que em 12 de maio de 1907, dois anos após a morte de sua mãe, criou um memorial à sua mãe e iniciou um campanha para que o Dia das Mães fosse um feriado reconhecido. Ela obteve sucesso ao torná-lo reconhecido nos Estados Unidos em 8 de maio de 1914 quando a resolução Joint Resolution Designating the Second Sunday in May as Mother's Day foi aprovada pelo Congresso dos Estados Unidosinstalando o segundo domingo do mês de maio como Dia das Mães. No âmbito desta resolução o Presidente dos Estados Unidos Thomas Woodrow Wilson proclamou no dia seguinte que no Dia das Mães os edifícios públicos devem ser decorados com bandeiras. Assim, o Dia das Mães foi celebrado pela primeira vez em 9 de maio de 1914.
Com a crescente difusão e comercialização do Dia das Mães Anna Jarvis afastou-se do movimento, lamentou a criação e lutou para a abolição do feriado.
Fonte - Wikipédia

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