O Transporte Coletivo Urbano precisa de auditoria técnica independente, confiável e permanente


Confiabilidade de sistemas complexos
Confiar desconfiando é a regra entre empresas e delas com seus clientes. Normalmente, e mal percebemos isso, assinamos contratos e tudo o que recebemos já passou por uma série de auditorias para avaliação de custos e benefícios. Qualquer dúvida, dá-lhe PROCON.
Carimbos e rubricas, assinatura com reconhecimento de firma, contratos etc. partem da dúvida, seja quem for o cliente, o fornecedor, o prestador de serviço ou autoridade.
Sistemas complexos de antigamente eram acompanhados por fiscais. Graças à visibilidade mecânica proporcionada por mecanismos de relojoaria, textos datilografados, contagem de votos em papel, pesagens e outros recursos, inclusive punições severíssimas contra qualquer tipo de fraude, podia-se acreditar um pouco nos sistemas.
No Setor Elétrico fraudadores de leitura de medidores podem ser condenados a até 4 anos de cadeia (Almeida Advogados - André de Almeida), além de serem obrigados a ressarcir as concessionárias.
A Receita Federal alerta para inúmeras penalidades se o cidadão comum simplesmente deixar de fazer sua Declaração de Imposto de Renda, por mais complexa que ela seja em relação à formação do pobre contribuinte.
Os sistemas modernos são complexos e se os interesses forem unilaterais, fortes, é provável que sejam bem feitos e corretos.
E quando o sistema de tarifação de ônibus, por exemplo, é composto por diversos segmentos passíveis de “ajustes”?
O sistema atual tem as “catracas eletrônicas”, acumuladores de dados, processadores e emissão de relatórios, ou seja, é uma corrente com pelo menos esses 4 elos imaginados. Qualquer elo mal ajustado pode resultar em grandes perdas para empresários ou usuários do sistema. Ou seja, equipamentos, software, procedimentos, inviolabilidade, qualidade de equipes e outros detalhes devem ser avaliados rotineiramente.
Vimos em diversas reportagens a informação de que o IPK está ruim em Curitiba. A tarifa tem metodologia bem explicada em (Custos da Rede Integrada de Transporte, 2013). Tudo depende da quantidade de passageiros que utilizam o sistema, daí o Índice de Passageiros por Km (IPK). Será verdade?
Fica a pergunta, considerando a quantidade significativa de empresas da RIT, será que os dados são auditados, inquestionáveis, perfeitos?
Qual é a margem de erro?
Quem, quando e quê empresa faz auditagens periódicas do sistema de bilhetagem de Curitiba e das concessionárias de outros municípios que participam da Rede Integrada de Transporte (RIT)?
Vimos à distância reuniões entre ONGs, empresas e Poderes Concedentes sem entendermos porque não determinaram de imediato uma auditagem técnica do sistema.
Democracia exige participação e transparência (A favor da democracia no Brasil).
Com certeza o sindicato das empresas de transporte coletivo está acima de qualquer suspeita e nossos representantes nessas comissões são pessoas extremamente bem preparadas.
Considerando nossa ignorância e dúvidas em relação a tudo, entretanto, não seria justo que um sistema que alega ter dezenas de milhões de reais de déficit por ano na RMC, daí a necessidade de subsídios, ser submetido à supervisão de empresas idôneas, independentes e competentes? O laudo dessas auditorias pelo menos deixaria a todos nós mais tranquilos.
É de doer, inaceitável, a dúvida.
Carecemos de informações inquestionáveis que expliquem o tarifaço ou o possível desmanche da RIT.
Só para completar, de que forma foram autorizadas tantas mudanças de equipamento que pesam tanto na tarifa técnica (Cascaes, O transporte coletivo urbano – um desafio de todos os cidadãos)?
Cascaes
1.5.2013
Custos da Rede Integrada de Transporte. (1 de 5 de 2013). Fonte: URBS: http://www.urbs.curitiba.pr.gov.br/frontend_dev.php/transporte/tarifas-custos
Almeida Advogados - André de Almeida, C. A. (s.d.). 07/11/2006- Fraude no Consumo e Furto de Energia Elétrica. Acesso em 1 de 5 de 2013, disponível em Almeida Direito Corporativo: http://www.almeidalaw.com.br/almeidalaw/Portugues/detNoticia.php?codnoticia=205&codnoticia_categoria=3&PHPSESSID=49d45458c3b293abf5db011b4574253b
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: A favor da democracia no Brasil: http://afavordademocracianbrasil.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). O transporte coletivo urbano – um desafio de todos os cidadãos. Fonte: O Transporte Coletivo Urbano - Visões e Tecnologia: http://otransportecoletivourbano.blogspot.com.br/2012/06/o-transporte-coletivo-urbano-um-desafio.html

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