Manifestações no Brasil em tempo de Copa das Confederações

Revoltados por quê?
Algo que incomoda aqueles que acreditam em pão em circo é sentir que apesar das esmolas e outras espécies de caridades com o dinheiro do contribuinte o povo se rebela contra “coisas” tais como a corrupção, a impunidade, a inversão das prioridades, o fausto e privilégios dados à FIFA etc..
É bom ver a nossa Presidenta lendo um discurso onde “reconhece o direito” que os jovens têm de reclamar. Melhor ainda, ou seja, sintomático é o silêncio de prefeitos, deputados, senadores, governadores e vereadores como se nada dissesse respeito à atuação deles.
A mídia insiste em manifestações pacíficas, mostrando-se perplexa com o vandalismo, como se isso não fosse rotina em dias de clássico de futebol, só não piores porque a Polícia já sabe como evitar mais estragos. E se o Brasil perder nesses jogos próximos e na Copa do Mundo?
A classe média mostrou como se sente no jogo em Brasília; nunca um Presidente da República passou por tal vexame. Seria provavelmente muito pior se o presidente do Senado estivesse no lugar da Presidenta Dilma Rousseff, aliás, que tal propor esse teste de popularidade a todos os políticos presidenciáveis? Em Brasília, em seus currais não vale.
Os jovens se revoltam, por quê?
Um prédio se constrói de baixo para cima, andar a andar, pavimento a pavimento cria-se edifícios. Os jovens viverão nos prédios que fazemos. Que tipos de edifício receberão?
Os indicadores sociais e econômicos mostram que o Brasil desperdiça oportunidades, cresce devagar, produz armadilhas e poderá penalizar gerações futuras por ações e omissões.
Seria necessário repetir séculos e séculos de erros?
Naturalmente as manifestações parecem difusas, sem objetos fortes, específicos. A garotada sente que o Brasil não está bem; muitos talvez saibam muito mais, afinal as novas gerações não têm medo da internet, do computador, redes sociais etc.
Os mais velhos desperdiçaram tempo em debates inócuos, como, por exemplo, na defesa das pessoas com deficiência. Quantas reuniões, decretos e lei s foram gastos em análises semânticas... Décadas perdidas em ações improdutivas.
Queremos soluções, resultados na Educação, infraestrutura, Segurança, Saúde, Energia, Urbanismo etc., resultados que nos façam ter orgulho de ser brasileiros.
 Vemos trens de todas as espécies nas pranchetas, como dirão os mineiros, até de alta velocidade quando carecemos em nossas cidades de algo tão importante quanto a coleta, tratamento e descarte de efluentes de esgoto e lixo. A mortalidade infantil entre crianças que não moram e vivem sobre concreto e carpete é grande pela ausência de saneamento básico. Isso não é novidade, mas nossas autoridades sabem que não dá voto o que é feito debaixo da terra.
O Governo Federal quer fazer o papel de prefeito e governador, que desastre. Deseduca pela distância e assim nosso povo acredita em dinheiro “do governo”; erra pela falta de contato local com os problemas.
Não temos boas administrações e quando, por efeito de algum programa federal se tornam possíveis, demoram a ter solução com a tremenda burocracia. Pior, lá no Planalto Central temos tecnocrata que decidem sem lógicas técnicas completas.
Um exemplo merece registro infinitas vezes, pois depende de leis federais e vontade do Congresso Nacional, MEC, prefeituras etc.
Nada, absolutamente nada é tão importante quando a existência de boas creches, elas são o alicerce dos nossos futuros cidadãos, existem? As estatísticas são assombrosamente ruins num tempo em que as mulheres precisam trabalhar fora para garantir o sustento dos filhos [ (Cascaes, Centro de Educação Infantil Pequenos Brilhantes), (Creche – vacina contra a mortalidade infantil e a má educação das crianças), (Creche), (Déficit de vagas nas creches de Curitiba é de 63%, diz MP, 2011), (A importância das creches, 2013), (MEC culpa prefeituras por atrasos na inauguração de creches, 2012)].
O ensino fundamental sobrevive aos trancos e barrancos [ (Apesar de o PNE prever 10% do PIB para a educação, sabe-se que a efetividade das políticas públicas não depende apenas do aumento dos recursos, mas também da qualidade e da efetividade dessas ações , 2013), (Cascaes, Mirante da Educação)] e os estados e municípios ficam vendo o dinheiro do impostos irem para a União além de redução de contribuições orçamentárias, pode?
Os jovens protestam, reclamam. Estão matando o futuro deles para agradar turistas estrangeiros, favorecer grupos econômicos, sustentar a agiotagem e, ou, pura incompetência.
O Brasil não pode ser governado por marqueteiros.
Talvez muita coisa deva ser varrida para debaixo dos tapetes. Os escândalos em torno das grandes estatais assustam. Assim a popularidade e as festas enchem os olhos e esvaziam as cabeças. É importante a cortina de fumaça.
O problema é que a Natureza não perdoa e certos equívocos podem ser desastrosos.
Um exemplo:
De repente o Setor Energético afunda, por quê? Escapamos de um tremendo racionamento porque o santo pibinho aconteceu. Onde estavam os planejadores oficiais? E se o racionamento acontecesse agora, não seria infinitamente pior do que o “vandalismo” de alguns jovens? E a situação da Petrobras faz sentido? Afinal não era segredo para equipe deste time em  Brasília.
O Governo Federal nesse mandato colhe os erros dos anteriores, não podemos esquecer isso em favor da Presidenta Dilma Rousseff.
O terrível é que Sua. Excia. querendo se reeleger faz pactos até com o diabo, e que demônios!
Nós, já velhos, precisamos dos jovens para corrigir erros nossos. Deles esperamos o que não fizemos: construir um Brasil sério, competente e feliz para todos.
Santa e oportuna revolta juvenil.
Cascaes
18.6.2013

MEC culpa prefeituras por atrasos na inauguração de creches. (15 de 5 de 2012). Fonte: Bom Dia Brasil: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2012/05/mec-culpa-prefeituras-por-atrasos-na-inauguracao-de-creches.html
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Mirante da Educação: http://mirante-da-educacao.blogspot.com.br/
Cascaes, J. C. (s.d.). Centro de Educação Infantil Pequenos Brilhantes. Fonte: PROJETO LIBERDADE EM AÇÃO – VILA LIBERDADE, ANA MARIA E NOVA ESPERANÇA: http://projetoliberdadeemcolombo.blogspot.com.br/2011/11/centro-de-educacao-infantil-pequenos.html
Cascaes, J. C. (s.d.). Creche – vacina contra a mortalidade infantil e a má educação das crianças. Fonte: Mirante da Educação : http://mirante-da-educacao.blogspot.com.br/2013/05/creche-vacina-contra-mortalidade.html
Dionísio, B. (4 de 7 de 2011). Déficit de vagas nas creches de Curitiba é de 63%, diz MP. Fonte: G1: http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2011/07/deficit-de-vagas-nas-creches-de-curitiba-e-de-63-diz-mp.html
Ida, P. C. (4 de 2013). A importância das creches. Fonte: PROJETO LIBERDADE EM AÇÃO – VILA LIBERDADE, ANA MARIA E NOVA ESPERANÇA : http://projetoliberdadeemcolombo.blogspot.com.br/2013/04/a-importancia-das-creches.html
TCU. (29 de 5 de 2013). Apesar de o PNE prever 10% do PIB para a educação, sabe-se que a efetividade das políticas públicas não depende apenas do aumento dos recursos, mas também da qualidade e da efetividade dessas ações . Fonte: Mirante da Educação: http://mirante-da-educacao.blogspot.com.br/2013/06/apesar-de-o-pne-prever-10-do-pib-para.html










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