Educação - Mais Médicos - ser feliz

Capitalismo intelectual – corporativismo
O comentário (O X da questão e o futuro, 2013) merece reflexões e análises quando falamos de nossa juventude e processos educativos centralizados e tirânicos, tudo isso misturado à mídia comercial a engajada ideologicamente e a dinâmica da sociedade humana, sempre a mesma, ou seja, a luta pela sobrevivência, afirmação pessoal, familiar, tribal, etc. e a descoberta dos prazeres da vida, felizmente existentes e mais e mais acessíveis a qualquer pessoa, seja ela de que cor, classe, religião etc., exceto se estiver “protegida” por antropólogos e coisas tipo (Fundação Nacional do Índio - FUNAI)..
Naturalmente o maior desafio de qualquer jovem, exceto em casos muito especiais, é sobreviver num mundo que cabe na telinha do computador, mas que agora mostra a qualquer pessoa com acesso à internet a infinidade de paraísos e infernos terrestres.
Obviamente a felicidade é vital, a pessoa infeliz é patologicamente perigosa, o que acontece, contudo, é que as exigências pessoais e sociais criam paradigmas inatingíveis à maioria da Humanidade. Isso é bom e ruim. Ótimo quando geram desafios, ruim ao dar a qualquer um conflitos e perversões a partir de frustrações que deveriam ser aceitas com mais dignidade e percepção de limites pessoais.
O Governo Federal, sejam quais forem as intenções dos governantes de plantão, criou um programa que viabiliza a discussão de quase tudo o que afeta nosso povo.
O (Programa Mais Médicos) está criando mais benefícios do que prejuízos aos brasileiros, além de procurar resolver o tremendo pesadelo (atendimento médico e hospitalar) de dezenas de milhões de pessoas distantes das grandes metrópoles. O debate em torno desse programa é educativo, esclarecedor e necessário.
Afinal, queremos pessoas diplomadas formalmente em universidades brasileiras ou aquelas que podem atender nosso povo com mais segurança do (A Medicina - médicos - hospitais e problemas brasileiros )que simplesmente o abandono em que se encontra (sem médicos, sem hospitais, laboratórios, clinicas, enfermeiros, farmácias, atendentes etc. diante até do rigor de regras e normas criadas pelas corporações bem instaladas em Brasília)?
Cuidar de pessoas é privilégio determinado por uma agência reguladora (ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e de outras repartições e associações profissionais (corporativismo[1])?
E nossos jovens? O que almejam, sonham, desejam, querem, disputam? Que paradigmas possuem? Estão dispostos a conquistar diplomas e irem para o sertão brasileiro?
Com certeza a mídia comercial, revistas, jornais, sistema de TV etc. podem mais que a própria família. Assim não é surpresa o que Fernando Martins (O X da questão e o futuro, 2013) informa, mas a “desinformação” dos jovens é algo talvez injusto, nunca foram tão informados quanto atualmente. A dúvida é se são “bem informados”, educados e formados... Isso é responsabilidade dos mais velhos; o que nossos maduros profissionais ensinam?
A verdade é que todos procuram conquistar um capital intelectual e profissional que poderão usar em benefício próprio, nada mais justo. Com certeza compete à sociedade mais amadurecida, educadora e informativa gerar opções para que todos compreendam e não se frustrem não chegando aos píncaros da glória profissional, política, religiosa etc. dentro dos padrões capitalistas tão idolatrados pelas elites endinheiradas.
O desafio é educar e sobreviver num mundo onde os seus habitantes arrogantemente se entendem como feitos “à imagem e semelhança de Deus” ainda mostra sinais de tempos muito recentes de extrema selvageria.
Os paradigmas mais selvagens são ensinados de diversas maneiras de forma sutil, chegando-se a endeusar o sucesso profissional como um sinal da simpatia divina...
Talvez (Luc Ferry) mereça mais atenção, intuitivamente a garotada agora sabe mais que no meio do século vinte ou em países cujos povos ainda se matam por terem religiões ou origens tribais diferentes. Que tal mostrar mais o que diz (Aprender a Viver - Filosofia para os novos tempos, 2006)Luc Ferry e ajustar suas lições ao Brasil?
Cascaes
28.8.2013

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (s.d.). Fonte: ANVISA: http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/home
Cascaes, J. C. (s.d.). A Medicina - médicos - hospitais e problemas brasileiros . Fonte: Quixotando: http://www.joaocarloscascaes.com/2013/07/a-medicina-medicos-hospitais-e.html
Ferry, L. (2006). Aprender a Viver - Filosofia para os novos tempos. (V. L. Reis, Trad.) Rio de Janeiro: Objetiva.
Fundação Nacional do Índio - FUNAI. (s.d.). Fonte: FUNAI: http://www.funai.gov.br/
Luc Ferry. (s.d.). Acesso em 10 de 6 de 2012, disponível em Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Luc_Ferry
Martins, F. (28 de 8 de 2013). O X da questão e o futuro. Gazeta do Povo, p. 10.
Programa Mais Médicos. (s.d.). Fonte: Portal da Saúde: http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/area/417/mais-medicos.html






[1]corporativismo é um sistema político que atingiu seu completo desenvolvimento teórico e prático na ItáliaFascista. De acordo com seus postulados o poder legislativo é atribuído a corporações representativas dos interesses econômicos, industriais ou profissionais, nomeadas por intermédio de associações de classe, que através dos quais os cidadãos, devidamente enquadrados, participam na vida política.
Seu discurso, que propugnava a eliminação da luta de classes em prol de um modelo de colaboração entre elas, poderia a princípio ser confundido com a doutrina social e econômica do Marxismo, porém a diferença fundamental entre o comunismo e o corporativismo é que o primeiro refuta como impraticável qualquer tentativa de colaboração entre classes em uma sociedade onde permanecem as distinções entre classes dominantes e dominadas, como é o caso nos regimes corporativistas, onde a propriedade privada é mantida. Por outro lado, isto não leva a crer que as desigualdades tambem sejam mantidas, uma vez que as diferentes vontades políticas estariam representadas nas associações.
A ênfase nas negociações coletivas e na intermediação política dos conflitos com a participação de sindicatos e representantes estatais caracteriza este meio de organização das relações entre empresários e trabalhadores. Embora a propriedade privada dos meios de produção tenha sido preservada, esta extensiva intervenção do estado na sociedade capitalista industrial significou o declínio da doutrina liberal nos países onde foi adotada. Representou igualmente o ressurgimento de um tipo de organização da sociedade análogo ao que vigorara na Idade média e durante o período Mercantilista, em que o direito ao trabalho era regulado por guildas, e que fora justamente superado pelo triunfo das ideias liberais nos séculos XVIII e XIX.
Esta transição todavia marcou, de certa forma, a autonomia dos mercados em relação às instituições nacionais.
O regime Salazarista que vigorou em Portugal de 1933 até à revolução de 25 de Abril de 1974 era expressamente corporativista. Também no Brasil, entre os anos de 1930-45, sob a liderança do presidente Getúlio Vargas implantou-se um modelo corporativo de Estado, o chamado Estado Novo, sendo a sua legislação trabalhista claramente calcada na "Carta del Lavoro" de Mussolini. De igual forma, muitos outros países, tais como a França sob o governo do Marechal Pétain (1940-1945), a Argentina sob Juan Domingo Perón (1943-1952), o México sobLázaro Cárdenas (1934-1940) e a Espanha do Generalíssimo Franco (1939-1973) estabeleceram uma imensa quantidade de leis e organizações inspiradas do ideário corporativista. - Wikipédia

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