Médicos sem fronteiras, sem dinheiro, sem família, voto de castidade e pobreza?

Médicos sem fronteiras, sem dinheiro, sem família, voto de castidade e pobreza?
O Governo Federal finalmente “descobriu” que o Brasil precisa de mais médicos. Sim, com certeza carecemos urgentemente de clínicos generalistas que saibam trabalhar sem laboratórios milionários e tomem decisões precisas em qualquer lugar do Brasil, e queiram trabalhar nos lugares mais difíceis dessa terra.
Infelizmente o ser humano é o que é [ (Nietzsche), (Ferry, 2006)]. Assim é cada vez mais difícil acreditar que tudo aconteça por efeito de ideologias baseadas na solidariedade humana. O Brasil está importando médicos e o preço é alto. Os nossos médicos não aceitam trabalhar em condições piores, afinal têm família e sonhos que Leandro Narloch descreve bem em seu livro (Narloch, 2013), algo que muitos estudiosos já demonstraram de inúmeras formas, ou seja, simplesmente ter um padrão de vida confortável. O famoso capitalismo faz parte de nossa natureza, inclusive na cabeça de militantes esquerdistas que não resistem à primeira proposta de mordomias e altos cargos.
O pesadelo existe, contudo, ou seja, de uma forma ou de outra a questão saúde de nosso povo é gravíssima.
Conversando com um amigo em jantar festivo do Clube Soroptimista de Curitiba ficamos sabendo que ele perdera um filho de 28 anos, com leptospirose o médico preferiu esperar exames de laboratório, quando chegaram era tarde (Uma zoonose mortal - a leptospirose ).
Não existe maior pesadelo do que adquirir uma coleção de doenças, o calvário entre especialistas é tenebroso. Sempre precisamos de um médico que sabendo mais do que a gente diga o que é razoável ou não. Esse é um problema universal inclusive para quem é incrivelmente rico (Steve Jobs - A biografia, 2011).
Ainda hoje (24 de agosto de 2013) a farmacêutica Karina explicou-nos a importância de sua profissão, e como ela complementa a do médico. O Governo Federal parece perceber essa complementação necessária. O desrespeito, contudo, aparece em detalhes inacreditáveis (Exemplos terríveis de desrespeito à legislação sobre a segurança e respeito às PcD )em situações até de simples urbanismo e filas do SUS.
Na Região Metropolitana de Curitiba temos casos absurdos de filas para atendimento no SUS. Lembrando, por exemplo, o tempo perdido em graves e enormes greves da “categoria” poderemos entender parte dessa situação assustadora no Brasil.
Pior ainda, a entidade nacional e a própria ANVISA não param de complicar a formação de médicos e o afunilamento de serviços. Querem que no Brasil o trabalho de profissionais da Saúde seja idêntico ao da Inglaterra, um país pequeno com uma densidade populacional gigantesca e em condições de pagar e manter padrões que levaremos décadas para atingir.
Aplausos ao Governo que caiu da cama onde dormia em berço esplêndido. Decidiu trazer médicos estrangeiros, o povo não pode esperar as fábricas de Medicina produzirem o suficiente às nossas necessidades (Cascaes, A Medicina - médicos - hospitais e problemas brasileiros ).
Talvez, contudo, diante da pressa que tem cheiro de ser eleitoreira e para distrair o povo em tempo de revolta, o Brasil tenha fechado um acordo com a grande hacienda[1]que é Cuba. Esse país tem seus méritos, e não são poucos, mas é uma ditadura que se serve de seu povo como bem entende.
Assim no acordo “Cubrasil” os médicos virão sem a família e ganhando trocados do que o Governo receber.
É de deixar a gente surpreso com o espírito de renúncia.
Podemos perguntar, esses profissionais fizeram voto de castidade? De Pobreza?
Considerando o elevado número de médicos e médicas cubanos que chegam ao Brasil antes do verão e do carnaval, será que não abandonarão o jaleco branco por alguma outra fantasia?
Homem que é homem não vive sem mulher. Podemos afirmar isso pois sentimos o peso dessa condição biológica. Mulheres, supomos, tenham a mesma compulsão, em sentido oposto.
Que manchetes teremos dentro de alguns meses? Assédio moral, estupro ou abandono do jaleco e Cuba?
O acordo “Cubrasil” costurado pelo Itamaraty tem algumas falhas desta espécie. Será que não acreditam na saúde fisiológica e mental dos “invasores”? Esperamos que tenha sucesso, agradecemos a todos que aceitaram vir ao Brasil fazer o que brasileiros não querem.

Cascaes
24.8.2013
Cascaes, J. C. (s.d.). A Medicina - médicos - hospitais e problemas brasileiros . Fonte: Quixotando: http://www.joaocarloscascaes.com/2013/07/a-medicina-medicos-hospitais-e.html
Cascaes, J. c. (s.d.). Exemplos terríveis de desrespeito à legislação sobre a segurança e respeito às PcD . Fonte: A Pessoa com Deficiência Auditiva Blog dedicado aos deficientes auditivos de diversas formas.: http://surdosegentequeluta.blogspot.com.br/2013/08/exemplos-terriveis-de-desrespeito.html
Cascaes, J. C. (s.d.). Uma zoonose mortal - a leptospirose . Fonte: Ações ODM em Curitiba e RMC: http://odmcuritiba.blogspot.com.br/2013/08/uma-zoonose-mortal-leptospirose.html
Ferry, L. (2006). Aprender a Viver - Filosofia para os novos tempos. (V. L. Reis, Trad.) Rio de Janeiro: Objetiva.
Isaacson, W. (2011). Steve Jobs - A biografia.(D. B. Berilo Vargas, Trad.) São Paulo: Companhia das Letras.
Narloch, L. (2013). Guia Politicamente Incorreto da História do Mundo. São Paulo: Leya.
Nietzsche, F. (s.d.). Humano, Demasiado Humano (2 ed.). (A. C. Braga, Trad.) escala.




[1] Hacienda
From Wikipedia, the free encyclopedia
For other uses, see Hacienda (disambiguation).
Hacienda (UK /ˌhæsiˈɛndə/ or US /ˌhɑːsiˈɛndə/; Spanish: [aˈθjenda] or American Spanish: [aˈsjenda]) is a Spanish word for an estate. Some haciendas were plantations,mines or factories. Many haciendas combined these productive activities. The hacienda system of ArgentinaBoliviaChile, [Ecuador], MexicoNew Granada and Peruwas a system of large land holdings. Similar system existed to a lesser scale in the Philippines and Puerto Rico. The hacienda aimed for self-sufficiency in everything but luxuries meant for display, which were destined for the handful of people in the circle of the patrón, also known as the hacendado.

Comentários

  1. João,meu grande pensador no qual estimo meu apreço,mais como funcionária pública sem nenhuma filiação partidária,mais apaixonada pela profissão aos 32 anos de serviço público,tomo a liberdade que a situação videnciada pelos gestores no Brasil ficou insuportável,tornaram reféns e a população mais ainda,temos que dar um basta,julgar se é eleitoreira ou não pode ser ninguém ponha mão no fogo,mais chega e passo uma reflexão:Do texto:Elite corporativista teme que mudança do foco no atendimento abale o nosso sistema mercantil de saú**de.* * * *A virulenta reação do Conselho Federal de Medicina contra a vinda de 6 mil médicos cubanos para trabalhar em áreas absolutamente carentes do país é muito mais do que uma atitude corporativista: expõe o pavor que uma certa elite da classe médica tem diante dos êxitos inevitáveis do modelo adotado na ilha, que prioriza a prevenção e a educação para a saúde, reduzindo não apenas os índices de enfermidades, mas sobretudo a necessidade de atendiment... mais

    ResponderExcluir

Postar um comentário