Competência e responsabilidade gerencial

Competência gerencial
Excesso de ordens leva ao descrédito dos autores das decisões. Decisões radicais tendem a ser ineficazes, a menos que o chefe possa exercer poderes absolutos sobre os seus comandados. Dosar a liderança é uma arte rara e identifica aqueles que se destacam positivamente.
No mundo moderno e gradativamente mais frágil (sempre foi, agora com o perigo de catástrofes monumentais) selecionar gerentes é algo que precisa transcender critérios prosaicos e até ofensivos à inteligência de quem observa o que acontece.
Grandes empresas, principalmente aquelas que dependem da inteligência da equipe, demonstram que a facilidade de demitir e de admitir funcionários está entre as razões de sucesso. Para isto é bom ler as biografias (autorizadas ou não, nos EUA não existe restrição a isso) de personalidades que entraram para a história, de Henry Ford a Steve Jobs.  
Com certeza os maiores generais e administradores com destaque na História da Humanidade não eram de fazer muita reunião e criar comissões.
No Brasil temos o hábito do democratismo. Fazer comissões, criar níveis gerenciais, subdividir responsabilidades e compadrismo é um atavismo nacional que mereceria uma explicação mais profunda. O resultado é o nivelamento por baixo, pois além do vício das reuniões procuramos agradar a todos, saindo desses encontros com decisões após o convencimento de todos, o que significa aceitar o mais teimoso, nem sempre capaz de idealizar soluções eficazes.
O “reunismo” também protela decisões, o que se refelte sobre custos, tarifas, taxas etc. Custa caro quando presenciais. A favor dessa lógica de decisão agora podemos promover reuniões e debates virtuais; maravilha! De qualquer forma os teimosos e menos dispostos à avaliações corretas têm espaços de sucesso, pois pensar dói.
Com certeza o estilo gerencial é função da atividade. Relacionado ou autocrático e todas as situações intermediárias são eficazes, dependendo da atividade, momento, equipes e desafios. A qualidade do bom gerente é exatamente saber quando um estilo é aplicável.
O fundamental é resultado positivo, maximizado, contínuo.
O melhor indicador de ineficácia é a degradação e falência de propostas, projetos e empresas.
Em pleno século 21 precisamos de máxima competência.
O progresso das ciências boas e ruins é cada vez mais acelerado. O passado é referência inadequada em situações tão sérias quanto a Defesa Civil, por exemplo. A fiscalização de grandes obras, a qualidade de nossas universidades, o desempenho de serviços essenciais, tudo depende da competência dos gerentes. Lembrando o básico: Educação, Segurança, Saúde, Qualidade de Vida e mais ainda, Dignidade, liberdade e Fraternidade são requisitos que imaginamos essenciais às futuras gerações.
A tolerância com a irresponsabilidade, a leniência e a omissão devem ser crimes tão graves quanto a autoria dos piores projetos; isso só não pode ser lei porque o ser humano é o que é. Faltaria cadeia... Diante da realidade, da natureza dos seres humanos precisamos esperar situações perigosas, erros brutais e acidentes tão graves quanto vimos no Brasil e no Mundo, ou melhor, quase mensalmente (qual é a frequência real?) ficamos sabendo de mais um (ou sendo vítimas de um deles); por enquanto somos surpreendidos por desastres de grandes proporções que poderiam ser evitados.
Notamos em qualquer ambiente em que vivemos que ainda nos comportamos como se o mundo se restringisse aos pequenos agrupamentos a que pertencemos. Isso é, talvez, o resultado de todos os tempos em que a espécie humana surgiu e se desenvolveu com impossibilidade de comunicação eficaz. Agora não, a internet, fibras óticas, satélites, redes sociais, youtube, blogs, computadores, livros digitais etc. permitem um padrão de informação inimaginável até pelos criadores do Flash Gordon.
Com certeza estamos precisando de sistemas de compilação de dados e estudos. Não está longe, contudo, o momento em que as grandes potências tecnológicas poderão criá-los e usá-los. O NSA (Agência de Segurança Nacional, 2013) dá um aperitivo do que existirá na área de domínio tecnológico e outros.
Um problema gravíssimo é o culto das piores taras. O consumismo, a valorização dos super-heróis, a materialização de idolatrias perversas viabilizam a desonestidade intelectual. Temos entre nós a (Lei de Gérson)e outras sínteses de mau “caratismo”.
Os modelos de administração existem e estão aí para análise. Lugares fechados pelo corporativismo ou lendas antigas estão sempre atrás da realidade. Como administrar instituições que afetam a sociedade em geral?
O mundo competitivo e desafiador ao extremo é uma realidade inevitável, algo inclusive essencial com o surgimento de megalópoles e a importância exponencialmente importante da sustentabilidade e sobrevivência de todos, exigindo novos conceitos e diretrizes.
O amadorismo é algo seríssimo na direção de instituições públicas assim como o desprezo pela segurança é um problema gravíssimo em empresas privadas. A famosa frase que o DNA do empreendedor é assumir riscos é algo assustador quando o perigo fica sobre a população em geral.
O que fazer?
O grande desafio de qualquer empresa, comunidade, ONG, Governo etc. é descobrir como organizar a inteligência, honestidade, seriedade e obter os melhores resultados. Se não formos bem sucedidos nossos descendentes pagarão a conta.
Cascaes
1.11.2013
Agência de Segurança Nacional. (2013). Agência de Segurança Nacional. Fonte: Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ag%C3%AAncia_de_Seguran%C3%A7a_Nacional
Lei de Gérson. (s.d.). Fonte: Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_G%C3%A9rson


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