O futebol e a violência - a segurança dentro e fora de ambientes privados

A segurança dentro de ambientes privados
Nosso povo vive em clima de insegurança. As estatísticas assustam e mostram que o dinheiro do contribuinte, entregue majoritariamente ao Governo Federal, não é suficiente para manter sistemas de policiamento necessários e suficientes diante das imensas aglomerações humanas que se formam facilmente neste século em que a população humana sobre a Terra chega a sete bilhões de pessoas.
Na Região Metropolitana de Curitiba pudemos ver a diferença de qualidade de vida antes e depois da UPS em Colombo (PROJETO LIBERDADE EM AÇÃO – VILA LIBERDADE, ANA MARIA E NOVA ESPERANÇA), na região das vilas Zumbi, Mauá, Liberdade etc. A presença ostensiva da PM PR reduziu drasticamente o número de crimes e delitos, o povo começou a viver. Ou seja, precisamos de policiamento ostensivo nas cidades e suas regiões periféricas.
O pesadelo é o orçamento dos estados, a quem compete a segurança e muitas outras atividades. O Paraná, por exemplo, encontra imensas dificuldades para cumprir seus compromissos básicos neste final de ano de 2013.
A insegurança existe em locais específicos, de bares a estádios que não cuidam de forma adequada de seus clientes. Não podemos usar armas, atletas se defendem, escolas de lutas marciais ensinam a se defender e a matar, isso vale para alguns.
Os grandes eventos, momentos quase fatais, previsíveis, precisam, portanto, de uma estratégia específica. O vandalismo e o oportunismo de criminosos e de torcidas delinquentes assustam. Custa muito caro evitar depredações e impedir assaltos e assassinatos antes, durante e após eventos que não raramente são turbinados por reportagens alienadas de seus efeitos.
O futebol profissional é uma atividade privada. Clubes e estádios existem sob responsabilidade de agentes privados que investem e faturam com o “desporto”.
É justo atribuir ao policiamento pago pelo contribuinte a segurança dentro de estádios?
Mais uma vez vimos envergonhados e entristecidos a violência dentro de uma “arena”. Nesse local os torcedores pagaram ingressos e os clubes foram objeto de entretenimento sob patrocínio de empresas, assim aparecendo em redes de TV e rádio.
Graças aos registros internos e da mídia sabemos quem fez o quê no auge de estímulos e loucuras. É fácil identificar, prender e punir. Mais um custo para os sistemas públicos de segurança.
Fora dos campos de futebol os usuários do transporte coletivo já nem valorizam o preço adicional, frações de centavos que o sejam, adicionados às “tarifas técnicas”.
Alguns ganham muito dinheiro com o esporte profissional, o povo paga para se divertir e torcer.
É justo responsabilizar o policiamento público que deveria cuidar da população em geral (Promotor mantém postura que PM não deve trabalhar em jogos, 2013)?
A Copa do Mundo se aproxima. A FIFA conquistou privilégios impressionantes. Na época estudos de viabilidade procuraram demonstrar os benefícios da Copa. E agora?
Independentemente das vantagens e desvantagens de um campeonato mundial promovido por uma entidade privada, a FIFA, vimos concessões absurdas. Graças aos acordos os estádios oferecerão segurança, exceto, talvez, se o paroxismo[1]atingir níveis irrefreáveis de xenofobia e rivalidades que se transformam em ódios irracionais, inaceitáveis.
No Brasil muitos estádios estão dentro de áreas urbanas, próximos a hospitais, ao lado de prédios e conjuntos habitacionais, junto a vias essenciais ao trânsito natural. A loucura tem data para começar.
O que o Governo planeja para proteger o povo brasileiro e o que aprendemos com tudo isso?
Cascaes
10.12 2013

Cascaes, J. C. (s.d.). PROJETO LIBERDADE EM AÇÃO – VILA LIBERDADE, ANA MARIA E NOVA ESPERANÇA. Fonte: PROJETO LIBERDADE EM AÇÃO – VILA LIBERDADE, ANA MARIA E NOVA ESPERANÇA: http://projetoliberdadeemcolombo.blogspot.com.br/
ESTADO, A. (09 de 12 de 2013). Promotor mantém postura que PM não deve trabalhar em jogos. Fonte: Gazeta do Povo: http://www.gazetadopovo.com.br/esportes/campeonato-brasileiro/conteudo.phtml?tl=1&id=1431904&tit=Promotor-mantem-postura-que-PM-nao-deve-trabalhar-em-jogos






[1] Significado de Paroxismo
s.m. Extrema intensidade de uma doença, de uma paixão, de um sentimento. (Sin.: auge, apogeu, culminância.) dicionário online de português

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