Verdade ou Mentira? Onde estava todo mundo? Ninguém esteve em Pasadena?
A enxurrada de denúncias, algumas absurdas pela dimensão atingida, obrigam-nos a muitas reflexões.
Onde estava todo mundo quando isso aconteceu?
Com certeza não vivemos mais em regime de censura, de exceção. Também não somos um estado indiferente ao que se diz e escreve, não pode ser assim. Nunca aprendemos, de fato, a ser livres e responsáveis. Os intervalos entre os muitos tipos de ditaduras foram curtos, o que deve explicar muita coisa.
O tempo é de cobranças, contudo. O que falhou?
Indubitavelmente diretores e conselheiros de grandes empresas erraram, estatais e privadas.
A crise de energia elétrica que ainda poderá nos levar a apagões é um pesadelo que merece uma grande investigação, afinal todos perdem com isso, exceto alguns privilegiados, quem? Por quê?
O Brasil já possui meios técnicos para uma boa avaliação climatológica e ciência mais do que suficiente para operar bem o Sistema Interligado [ (ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico) , (O que é o SIN - Sistema Interligado Nacional) ] além do todo poderoso Ministério das Minas e Energia. Graças a erros absurdos vamos pagar uma fábula de dinheiro a mais em impostos, tarifas etc. As contas externas brasileiras foram abaladas pela preocupação mesquinha de algumas lideranças, eleitoreiras?
A Petrobras virou assunto de rotina nas páginas policiais. Mais uma vez o escândalo assume proporções bilionárias.
Por algum efeito midiático as concessionárias de transporte coletivo, saneamento básico, água potável, transporte de cargas, telecomunicações etc. não aparecem em CPIs, por quê será?
A política é o que é, aqui e em qualquer lugar do mundo.
E nós?
Nunca foi tão fácil escrever, publicar, denunciar, registrar queixas etc.
Será que o CREA, CONFEA, OAB ... Centrais Sindicais, Maçonaria, Clubes de Serviços, Clubes de Engenharia etc. não sabiam o que acontecia?
Ninguém esteve em Pasadena?
Ninguém usa celular?
A sensação que temos é a de que um bom contrato de publicidade abafa qualquer coisa e o coeficiente de “cagaço” (peço desculpas pelo termo chulo) é exagerado.
E os aposentados? As fundações estão bem? Quem garantirá a aposentadoria se os investimentos forem ruins? Que aposentadoria?
Quem viu os filmes [ (O Lobo de Wall Street, 2014) , (Wall Street) , (Ferguson, 2010) , (A Grande Ilusão , 2006) ] ou os muitos bons livros que tratam da ação das oligarquias[1], plutocracias[2], nomenklaturas[3], aristocracias[4]municipais, estaduais e federais etc.?
Temos passivos monumentais, alguns a FIFA cobra e consegue resultados, e o resto?
Precisamos de greves monumentais para descobrir a penúria dos professores e das escolas? A falta de creches? Infelizmente no caso das creches o povo só pode chorar...
Está na hora de novos posicionamentos. A alienação é crime. A leniência não tem desculpas. O patriotismo é um dever de qualquer brasileiro nascido nesse país fantástico e o amor ao próximo precisa ser a regra de ouro, somos ou não cristãos?
Infelizmente não podemos dormir tranquilos, os inimigos do povo estão disfarçados de inúmeras maneiras.
Podemos, contudo, fazer muito mais.
Em qualquer empresa, pública ou privada, muita gente é testemunha do que acontece. Será que precisamos rever nossa legislação criminalizando funcionários severamente? Vamos agir pró-ativamente a favor da Justiça?
O Brasil está finalmente sendo “passado a limpo”. Ótimo. Precisamos de um PT sadio, um PSDB coerente com suas teses, partidos legítimos e não sectários, mas atuantes, sérios, responsáveis. A questão não se limita a sexo, inacreditavelmente um tema ainda apaixonante para os mais ingênuos, como alguns partidos querem fazer entender.
O desafio é a vida, a viabilização do futuro dos brasileiros.
Cascaes
24.4.2014
Ferguson, C. (2010). Trabalho Interno. Fonte: Livros e Filmes Especiais: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/2012/01/trabalho-interno.html
O que é o SIN - Sistema Interligado Nacional. (s.d.). Fonte: ONS: http://www.ons.org.br/conheca_sistema/o_que_e_sin.aspx
ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico. (s.d.). Fonte: ONS: http://www.ons.org.br/home/
Scorsese, M. (20 de 1 de 2014). O Lobo de Wall Street. Fonte: Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Lobo_de_Wall_Street
Wall Street. (s.d.). Fonte: livros e Filmes Especiais: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/2011/12/blog-post.html
Zaillian, S. (2006). A Grande Ilusão . Livros e Filmes Especiais. http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/2010/09/grande-ilusao.html.
[1] Na ciência política, oligarquia ("oligarkhía" do grego ολιγαρχία , literalmente, "governo de poucos") é a forma de governo em que o poder político está concentrado num pequeno número pertencente a uma mesma família, um mesmo partido político ou grupo económico ou corporação.
A oligarquia é caracterizada por pequeno grupo de interesse ou lobby que controla as políticas sociais e económicas em benefício de interesses próprios2 .
O termo é também aplicado a grupos sociais que monopolizam o mercado económico, político e cultural de um país, mesmo sendo a democracia o sistema político vigente3 .
Em sua configuração original, a palavra oligarquia indica o “governo” (archein) “de poucos” (oligos). Contudo, o pensamento político ligado à oligarquia não esteve rigidamente submetido a essa única forma de compreensão.
Apesar dessa acepção, o termo oligarquia poder ser muito bem empregado em outras situações políticas. Quando observamos, por exemplo, que um mesmo partido político ocupa os mais altos escalões de um governo, podemos identificar o desenvolvimento de uma oligarquia. Em geral, a presença das práticas oligárquicas impede que amplas parcelas da população participem do debate político. Dessa forma, podemos ver que a oligarquia diverge do atual sentido dedicado à democracia.
Na Grécia Antiga, a expressão oligarquia era negativamente empregada para se fazer referência a todo o regime que fosse comandado por pessoas com alto poder aquisitivo. Desta forma, os governos oligárquicos foram confundidos com o governo das elites econômicas. Wikipédia
[3] Nomenklatura (palavra russa derivada do latim) era como se designava a "burocracia", ou "casta dirigente" da União Soviética. Ela incluía altos funcionários do Partido Comunista da União Soviética e trabalhadores com cargos técnicos, artistas e outras pessoas que gozavam da simpatia do Partido Comunista. Na verdade, os membros da "nomenklatura" eram, em sua esmagadora maioria, filiados ao Partido Comunista da União Soviética e gozavam de inúmeros privilégios e vantagens inacessíveis para o restante da população do país.
O termo nomenklatura deriva do latim nomenclatura que, assim como em português, significa uma lista de nomes. Originalmente, era uma lista de postos ou cargos com altas responsabilidades, cujos ocupantes deviam ser previamente aprovados pelo Partido Comunista da União Soviética. Por extensão, o nome passou a ser usado também para as pessoas que ocupavam tais cargos.
O número de membros da Nomenklatura chegou a ser de 750.000 pessoas. No início, este grupo cresceu como o encarregado por administrar um país de proporções continentais, abrigando mais de 300 milhões de habitantes. Seus militantes exerciam diversos trabalhos, desde técnicos a artísticos. Ainda que nem todos os membros pertencessem ao Partido Comunista, deviam ser vistos com bons olhos por ele. Wikipédia
[4] Aristocracia (do grego αριστοκρατία, de άριστος (aristoi), os melhores, em sentido social, superlativo de agathoi, “os bons” ; e κράτος (kratos), poder, Estado), literalmente "poder dos melhores", é uma forma de governo na qual o poder político é dominado por um grupo elitista.
Normalmente, as pessoas desse grupo são da classe dominante, da nobreza tal como seu significado, como grandes proprietários de terra (latifundiários), militares, sacerdotes, etc. Wikipédia
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