Analogias – eu, nós e vocês com a Astronomia



O Universo é infinitamente maior do que possamos imaginar, afinal, tamanho é algo que se pode medir, vamos medir o infinito de que jeito?
Somos nós o nosso universo, se para fora o espaço é infinito e complexo, para dentro de nós maior ainda, talvez.
E nós, o que somos?
Existimos à medida que afetamos algum ambiente por força de músculos, neurônios, hormônios, nervos, glândulas e estímulos.
Podemos mudar, agir e ser o quê? Aí vem a analogia com o Universo.
Vamos começar pelo mais simples: poderemos ser a estrela energética, afetando e viabilizando a vida e a morte, o Sol. Nosso astro rei tem planetas cuja distância e detalhes singulares criam vida ou a inviabilizam.
Poderíamos dizer que possuímos grande semelhança com a própria Terra. Giramos em torno do Sol, mas Lua é nosso satélite, que, por sua vez, tem grande efeito até na menstruação e possibilidade de partos, sem esquecer que dela ganhamos luz suficiente para podermos ver muito, se não estivermos sob copas de florestas verdes ou de concreto e aço.
Que dizer dos meteoros? Muitos aparecem como tais. Brilham intensamente, se forem grandes e capazes de chegarem perto da superfície da Terra. Iluminam os céus para nós, mas se conseguirem nos atingir, aí sendo meteoritos, dependendo do tamanho e onde caírem ficarão imperceptíveis ou catastróficos.
O interessante é que a maioria absoluta dos meteoros não é vista por nós, mais ainda se estivermos imersos em cidades, iluminadas e ofuscando esse espetáculo da Natureza. Quantos seres humanos entraram nas nossas vidas iguais aos meteoros e aos meteoritos? Quem realmente deu alguma luz para mim, a você e talvez para muita gente?
Que dizer dos cometas mais conhecidos? Com intervalo longo ou milenar aparecem pomposos, nem sempre, mas assustando os seres humanos desde a antiguidade. Agora menos por suas relações místicas, mas pela hipótese de impacto direto com a Terra. Eles também são heterogêneos. Misteriosos? Sempre!
E em noites limpas, sem Lua e nuvens, longe das cidades e principalmente em clima seco poderemos ver milhares de estrelas, formando constelações, pedaços da Via Láctea, nebulosas, aglomerados etc. Que maravilha! Muita gente é assim para nós, pessoas distantes, muito longe, mas enchendo nossas mentes de pensamentos e reflexões mais nobres ou obscuras.
Em torno de todos nós existem pessoas invisíveis ou simplesmente sem brilho. Só com aparelhos saberemos que existem, e são muito mais numerosas do que possamos imaginar. Outras estão à nossa volta, mas aprendemos a não enxergá-las. Esse é o caso de corpos celestes, nuvens de poeira celeste, asteroides e bilhões de galáxias descobertas pelos cientistas, sabendo, pelo menos, que existiram, pois a luz e a energia perceptível por aparelhos não óticos, mensageiras, levaram milhões a bilhões de anos para chegar à Terra...
Não há limites, podemos criar analogias para qualquer coisa, basta olhar para o firmamento de dia e muito mais à noite, quando sem o Sol para atrapalhar, temos a liberdade de sentir a imensidão do Universo.

Cascaes
18.7.2014


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