Um exemplo de crueldade e ignorância
No jogo do Brasil contra a Colômbia, confessando que não sou entusiasta pelo futebol, vi e torci pelo Brasil. Não poderia ser diferente. Nosso time jogava bem, procurava praticar um esporte que foi criado para diversão dos ingleses e se espalhou pelo mundo inteiro. Tudo ia bem até a hora da agressão ao Neymar.
Durante o jogo a percepção crescente da incompetência do árbitro, para dizer pouco.
Que absurdo, não temos como adjetivar o que aconteceu ao Neynar.
De forma covarde, premeditada e idiota o agressor imbecil esqueceu que estaria sendo filmado, aquele “jogador” colombiano provocou uma lesão gravíssima num colega de trabalho, afinal ambos são profissionais. Graças à filmagem vimos ao vivo e a cores um ato de covardia inaceitável.
De onde, como, quem, quanto foi influenciado pelos piores elementos de seu país ou até do Brasil? Afinal muita gente sairá ganhando se nossa seleção perder a Copa do Mundo...
Maldades à parte a Humanidade precisa evoluir. O noticiário internacional é assustador. Matam-se por causas anacrônicas, principalmente os mais jovens. O fanatismo, que vimos aqui entre torcidas organizadas, é próprio de pessoas mal educadas e/ou doentes mentais. Precisa ser contido, tratado, é impossível, contudo, numa época em que religiões, ideologias, etnias e culturas antigas são louvadas, para gáudio de cientistas e turistas.
O Brasil poderá perder a Copa do Mundo, mas ganhou credibilidade sendo vitrine de um continente onde a tolerância, ainda que pequena, é muito maior do que na maioria dos países ditos civilizados. Só quem viajou e conhece roteiros não turísticos sabe como povos que se vangloriam de sua pedras e museus parecem viver neles, vestirem-se como guerreiros medievais, orgulharem-se de tempos malditos ou simplesmente selvagens.
O fanatismo não escolhe países. Até entre povos que foram vítimas do nazismo, por exemplo, o culto à vingança e a defesa intransigente de padrões de comportamento pré-históricos demonstram as limitações do ser humano.
O interessante é lembrar que enquanto se matam a Natureza dá sinais que poderá acabar com o palanque do absurdo. Asteroides passam raspando a Terra, imensos vulcões estão prestes a explodir (pode ser amanhã como após alguns milênios, mas que vão entrar em erupção é quase uma certeza), temperaturas, chuvas, ventos, terremotos, maremotos etc. e pequeníssimos inimigos extremamente mortais, os vírus, se renovam.
Perdemos tempo lutando entre nós.
Neymar é um exemplo da estupidez humana, o que aconteceu com ele não tem justificativa.
Ninguém é culpado pelo que o gerou, mas o rigor das leis precisa ser aplicado para inibir atos futuros, inclusive o desprezo pela vida humana em projetos, obras e serviços que deveriam ser perfeitos, e não simplesmente “baratos”.
Torcemos pelo Neymar, acima de tudo, ele não merece o que sofreu.
Cascaes
5.7.2014
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