Otimização do Estado - um tema que merece atenção rigorosa

Otimização do Estado
O poder absurdamente concentrado em tecnocratas e comerciantes do dinheiro inibe a boa discussão. Qual é o formato ideal do Estado, que atribuições e poderes o Estado, a nação, o povo em geral, suas empresas e instituições devem ter? De que forma construir um país sadio?
A campanha eleitoral está centrada em questões importantes, mas foge do principal: que Brasil precisamos ter para que todos cresçam, sejam mais felizes e saudáveis?
Interesses de grandes grupos econômicos, ideológicos e religiosos têm governado nossa gente, quando os brasileiros pararão para pensar no futuro de seus filhos e netos? Que Brasil estão formando?
Na Europa vemos em seus jornais um debate que poderia ser nosso. Impostos, justiça social, fronteiras, desenvolvimento e sustentabilidade criam manchetes e aqui encontramos diversos modelos que vão da Holanda e Alemanha à França. Os erros criam situações que demandam análises que diariamente aparecem em muitas reportagens tais como a fuga de franceses e suas empresas assim como o separatismo espanhol, o neocolonialismo (intervencionismo no mundo muçulmano), ebola, migração África-Europa (e outras) etc.
No Brasil tivemos o período neoliberal radicalizado e agora serviços ruins e caros em energia elétrica, telecomunicações, transportes etc. e os “economistas” tradicionais pedindo mais e mais liberdade de exploração sem escrúpulos. Realmente, a grande maioria de estatais e autarquias do início da década de oitenta estava com desempenho ruim, muito graças à politicagem, corrupção e falta de vigilância social. 
Algo interessante é notar que não debatem com profundidade os indicadores sociais, culturais, técnicos etc. atuais, os econométricos agradam mais os patrões internacionais?
Agora podemos exercer vigilância maior e mudar governantes que não funcionem, mas os mamutes que assumem concessionárias raramente se deixam disciplinar. Podem pagar os maiores e melhores advogados do mercado das leis.
Paralelamente o crime organizado cresce no Brasil. Leis flácidas, feitas ao gosto e medida dos infratores, só colocam na cadeia os oficiais inferiores desse exército de marginais. Como reverter a criminalidade? Liberando drogas? Fechando fronteiras com países tradicionalmente afáveis com os bandidos? Pena de morte?
No México tivemos um exemplo tenebroso de reação aos estudantes, jovens que pediram Justiça. Foram torturados, massacrados; quando a UNE e a OAB emitirão notas a respeito? Teremos pronunciamentos no Congresso Nacional? Será esse o nosso futuro?
Há muito a ser feito, inclusive no sistema medieval de nossas penitenciárias, assim como na racionalização de punições, jurisprudência, policiamento e leis que não param de ser feitas (seria para confundir?).
Em tudo a justiça fiscal, a centralização excessiva de poderes em Brasília, a penúria de municípios e estados que afeta a construção e manutenção de escolas, creches, assistência social.
Votar em quem agora e nas próximas eleições?
O que fazer para no futuro tivermos bons motivos para votar além do terrorismo contra aqueles que não querem apertar as teclinhas da “urna” digital (seria urna por que enterra nossos sonhos de democracia?)?
Cascaes
10.10.2014





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