A esperança de um Brasil melhor

Suspense e preocupação com 2015
Talvez muitos estejam felizes com as notícias desse final de ano de 2014. Os especuladores voltam a sorrir, as fundações de previdência respiram aliviadas, grandes investidores talvez repensem sobre a conveniência de investir no Brasil e finalmente São Pedro compense a extrema incompetência de nossos governantes, que esqueceram até a necessidade de fornecer água para beber em nossas cidades.
O preço dessa esperança é, entretanto, pesadíssimo, pois também deveremos pagar por obras gigantescas mal feitas e superfaturadas, como percebemos todo dia acompanhando os inquéritos de nossa maravilhosa Polícia Federal e com muito orgulho a atuação do Excelentíssimo (merece todos os títulos) juiz federal Moro e o STJ.
O Governo Federal monta uma equipe econômica anunciando medidas draconianas como se fôssemos culpados de travessuras. Será que nossa Digníssima Presidenta esqueceu quem mandava no Brasil? Merecemos tanta empáfia? Seremos idiotas?
Tivemos uma eleição maldosa, conduzida para não termos opções. O dinheiro valeu pesadamente assim como lideranças espertas conquistando postos nas muitas assembleias e, agora, lugares chave dos estados e da União.
De fora do Brasil voltamos a ter mais esperanças de ajustes. Gradativamente os países que sentiram a dor dos embustes que geraram a crise de 2007 e agora muitos investidores estrangeiros descobrem que podem ter sido lesados estupidamente no Brasil, principalmente com ações da Petrobras. A reação desse povo de fora de nossas fronteiras será um corretivo mais do que merecido.
Ano didático este de 2014.
A mídia formal por alguma razão procura diluir o tamanho da crise, mas nas redes sociais vamos descobrindo detalhes que bons jornalistas e jornais mais responsáveis publicam. Temos orgulho nisso tudo de nosso Senador Álvaro Dias, um incansável oposicionista que ousou dizer o que seus colegas não quiseram ouvir durante esses anos todos.
Afinal vivemos no Brasil, que nojento ver lideranças cochichando e fugindo de manifestações desejadas por nós e há muito tempo necessárias...
Precisamos de tudo, de calçadas a escolas, hospitais a próteses, estradas, portos, segurança etc. e liberdade para poder trabalhar sem medo de não cumprir alguma lei marota, sempre acompanhada de fiscalizações espertas.
Aliás, temos o capitalismo intelectual selvagem.
Interessante ver que nossos mestres, normalmente loquazes ao falar sobre o capitalismo convencional, não olham para o próprio umbigo. E eles, ocupando cargos por todo lado, prazerosamente vendendo seus conhecimentos a preços que talvez os bancos internacionais revelem à medida que o sigilo bancário desaparecer, raramente usaram seus conhecimentos para documentar, denunciar e inibir a corrupção no Brasil, isso sem falar no desgoverno técnico, uma endemia em nosso país.
Todos nós merecemos e devemos meditar, pensar e rever posições. O futuro de nossos descendentes depende disso. Não basta plantar árvores e substituir saquinhos de plástico, a grande poluição brasileira é moral.
Precisamos reeducar a todos e a nós principalmente.
As tragédias educam, ensinam; além do 7 a 1 vivenciamos situações inacreditáveis em 2014. Por tudo isso temos a convicção de que 2015 poderá ser o início de um período melhor, principalmente se os inquéritos da Polícia Federal levarem a resultados favoráveis ao nosso povo e as entidades técnicas acordarem de sua letargia corporativista, isso é bem provável, afinal, o ser humano é sensível a estímulos e sentimentos.
O que falta, talvez, é mais ações enérgicas de nossa gente para que nossas autoridades não se sintam tranquilas. Os brasileiros não podem e não devem voltar a rituais, hinos, bandeiras, rezas e orações, o ativismo cívico é essencial.
Boas festas

Cascaes
30.11.2014


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