Dia das Mães


Feliz Dia das Mães[1]
Dias festivos são extremamente convenientes ao comércio e indústria e também datas que reservamos para um tratamento especial em torno do motivo de criação em calendário das cerimônias, festas e homenagens que elegemos como especiais.
Em nossa terra tropical ganhamos com entusiasmo feriadões, ocasião em que saímos velozmente de nossas “casas” em direção a alguma praia ou coisa parecida. Feriados religiosos? Da Pátria?
O Dia das Mães tem muitos significados e merece ponderações e reflexões importantes, com um atributo significativo, acontece no segundo domingo de maio, algo típico dos norte-americanos que o inventaram sem esquecer a valorização do trabalho (se fosse no Brasil talvez tivessem estabelecido a segunda quinta-feira do mês para essa comemoração, com direito a mãecareta na sequência, afinal é bom festejar)...
Obviamente temos diferenças funcionais (homem x mulher) que criam comportamentos distintos que se acentuam na formação de uma família que tem a felicidade de gerar, criar, cuidar, educar e encaminhar seus filhos. Seria mais lógico, talvez, termos um dia dos pais responsáveis (substituindo dois dias diferentes: pais e mães), mas isso esvaziaria oportunidades comerciais de destaque, principalmente agora que passamos o dia e a noite vendo propagandas em telinhas de televisores.
A mercantilização do Natal, Páscoa, Dia das Mães, dos Pais (homens) etc. é um fenômeno que ganhou uma dimensão diferente daquela que há algumas décadas existia. Deixou de ser um momento em família para as reflexões que a data requeria.
O Dia das Mães e o dos Pais precisariam ser venerados com profundidade, levando educadores e lideranças sociais bem formadas e sem atavismos oportunistas a encontros com nossa juventude, principalmente, para debates sérios e objetivos sobre o significado do amor e dedicação que deverão desenvolver para merecerem o qualificativo de “mãe” ou “pai”.
A visão da Humanidade a caminho de conflitos ideológicos (mais uma vez), religiosos, étnicos, raciais e até esportivos é algo assustador. Mães e pais estão falhando, talvez desmerecendo louvores que vemos e ouvimos, principalmente a partir de quem tem vocação para a poesia.
No Brasil estamos em crises que não param de crescer, que pais e mães tiveram nossos líderes políticos, empresariais, religiosos etc.?
Precisamos repensar o Brasil e investir muito em Educação laica, universal, sem preconceitos e barreiras para a formação de um povo brasileiro melhor, mais saudável e preocupado com a família, o trabalho, o amor ao próximo.
Com certeza tudo começa em casa, especialmente ao lado da mãe, a pessoa que normalmente convive mais com as crianças na primeira infância, tempo de amamentação, fraldas, festas quando os bebês dão os primeiros passos, aprontam alguma arte.
Isso dá à jovem/mulher que pretende ter filhos uma imensa responsabilidade, nossas garotas sabem disso? O que aprenderam com seus pais? Estão preparadas para a maternidade?
Vemos o crescimento de famílias dependentes de atenção especial do Estado, normalmente com muitas crianças. Temos Educação para o planejamento familiar ou as religiões incentivam a geração de filhos com a frase “Deus cuida”?
Nos prédios de luxo, arquivos de gente, crianças engaioladas crescerão de forma saudável?
Hoje é o Dia das Mães. Os mais velhos tiveram experiências totalmente diferentes daqueles que nasceram após as modernas invenções e agigantamento de cidades. Tínhamos um carinho especial pelas mamães a quem dávamos beijos, abraços, com quem almoçávamos e jantávamos em casa (elas cozinhavam) em ambiente fraterno e respeitoso. Raramente algum presente de loja acontecia. E agora? Shopping e restaurante?
Sempre a dúvida, educamos bem os nossos filhos?

Cascaes
10 de maio de 2015
P.S.: um grande abraço e muitos beijos para todas as mães e que tenham sucesso na educação de seus filhos.




A mais antiga comemoração dos dias das mães é mitológica. Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses. A Enciclopédia Britânica diz: "Uma festividade derivada do costume de adorar a mãe, na antiga Grécia. A adoração formal da mãe, com cerimônias para Cibele ou Rhea, a Grande Mãe dos Deuses, era realizada nos idos de março, em toda a Ásia Menor."
Nos Estados Unidos, a primeira sugestão em prol da criação de uma data para a celebração das mães foi dada pela ativista Anna Maria Reeves Jarvis, que fundou em 1858 os Mothers Days Works Clubs com o objetivo de diminuir a mortalidade de crianças em famílias de trabalhadores. Jarvis organizou em 1865 o Mother's Friendship Days (dias de amizade para as mães) para melhorar as condições dos feridos na Guerra de Secessão que assolou os Estados Unidos no período. Em 1870 a escritora Julia Ward Howe (autora deO Hino de Batalha da República) publicou o manifesto Mother's Day Proclamation, pedindo paz e desarmamento depois da Guerra de Secessão.
Reconhecida como idealizadora do Dia das Mães na sua forma atual é a filha de Ann Maria Reeves Jarvis, a metodistaAnna Jarvis, que em 12 de maio de 1907, dois anos após a morte de sua mãe, criou um memorial à sua mãe e iniciou uma campanha para que o Dia das Mães fosse um feriado reconhecido. Ela obteve sucesso ao torná-lo reconhecido nos Estados Unidos em 8 de maio de 1914, quando a resolução Joint Resolution Designating the Second Sunday in May as Mother's Day foi aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos, instalando o segundo domingo do mês de maio como Dia das Mães. No âmbito desta resolução o Presidente dos Estados Unidos Thomas Woodrow Wilson proclamou no dia seguinte que no Dia das Mães os edifícios públicos devem ser decorados com bandeiras. Assim, o Dia das Mães foi celebrado pela primeira vez em 9 de maio de 1914.
Com a crescente difusão e comercialização do Dia das Mães Anna Jarvis afastou-se do movimento, lamentou a criação e lutou para a abolição do feriado.
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No Brasil, em 1932, o então presidente Getúlio Vargas, a pedido das feministas da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, oficializou a data no segundo domingo de maio. A iniciativa fazia parte da estratégia das feministas de valorizar a importância das mulheres na sociedade, animadas com as perspectivas que se abriram a partir da conquista do direito de votar, em fevereiro do mesmo ano. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispodo Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica.
Em Portugal, o Dia da Mãe é comemorado no primeiro domingo de Maio, seguindo a tradição da Igreja Católica que neste mês celebra Santa Maria, Mãe de Jesus (em particular Nossa Senhora de Fátima), embora durante muitos anos tivesse sido comemorado no dia 8 de Dezembro, dia da Nossa Senhora da Conceição.
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No Brasil e nos Estados Unidos o Dia das Mães é a segunda melhor data do comércio, depois do Natal.A National Retail Federation (Federação Nacional de Varejo norte-americana) estimou para 2012 que os gastos para o Dia das Mães devem ultrapassar $18.6 bilhões ($152 por pessoa) nos Estados Unidos.
Fonte Wikipédia em 10 de maio de 2015

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