O prefeito que desejamos, sugerimos


Qualquer cidade precisa de um gerente multidisciplinar que, se possível, não seja escravo de qualquer corporação e com honestidade firme, determinado a exercer seu mandato com atenção permanente a seus munícipes.
O momento vergonhoso em que estamos demonstra que erramos rotineiramente, mas deve servir para orientar candidatos e eleitores.
Votamos de modo geral por critérios que não têm funcionado, isso é mais do que evidente no Brasil.
A Democracia modelo século 18 é baseada na oratória, em negociações, em parlamentos naquela época essenciais para a representação popular.
Século 21: redes sociais, urnas digitais, apuração quase instantânea, dispositivos de segurança, temas emergentes e emergenciais, necessidade de garantir serviços essenciais, vitais, a Sustentabilidade, as mudanças extremamente rápidas de perfil econômico, social, desafios imensos que só crescem em tempos de crise universal.
Nossas cidades padecem de infraestruturas precárias, manutenção irregular, padrões superados, tarifas e impostos elevados. Atribui-se a empresários, trabalhadores, contribuintes, proprietários de imóveis responsabilidades que não compreendem. Impõe-se ao povo mais humilde sacrifícios imensos. Privilégios criam classes tremendamente privilegiadas. Faz-se pesquisas de opinião aceleradas e colocam lógicas propostas pela mídia, qual é o resultado?
Tudo demonstra a necessidade de critérios severos para indicação e apoio a candidatos.
Com certeza é importante termos no Poder Executivo pessoas com boa formação profissional e cultura universal. Seja quem for a humildade de saber conversar com o povo em todos os ambientes é importante, essa pessoa existe?
Nossa poética Constituição Federal estabelece direitos e privilégios. Estamos vendo o que acontece quando as pessoas têm direitos e não sofrem as consequências do que determinam, principalmente no ambiente político. Se suas atitudes forem explicitamente criminosas poderão ser punidos, poderão...
A Operação Lava Jato mostra os critérios de governo em que vivemos, ou ainda existem em alguns lugares.
As grandes metrópoles brasileiras ilustram os estragos de décadas de crises, incompetências e safadezas assim como também temos bons exemplos dispersos por esse imenso Brasil, via de regra escondidos pelos governos sucessores para que sejam esquecidos.
O que é apaixonante é podermos imaginar o bom prefeito e o que ele faria, pelo menos.
Esse cidadão estaria atento à confiabilidade dos serviços essenciais, às tarifas excessivas, à segurança, educação, saúde, mobilidade e inclusão de todos, inclusive dos pedestres, das pessoas com deficiência(s), idosas, doentes e acima de tudo com as crianças. Os eleitos caminhariam pela cidade e seus bairros, vendo, tocando, cheirando, correndo de cachorros etc. formando convicção pessoal da cidade que governariam.
Talvez nosso povo evolua sabendo como vivem as pessoas nos países mais desenvolvidos, se bem que o ser humano em geral é um animal lúdico, alienado, egocêntrico. Já foi muito pior, (1) se Darwin estava certo (2) evoluímos, ou poderá piorar (3).
A curiosidade, entretanto, só aumenta com a aproximação das eleições nesse modelo dinossáurico.
Quem será nosso prefeito ou prefeita? Saberá enfrentar os tecnocratas, lobbies, autoridades, mediocridades e criar diretrizes sadias para os eleitores em suas cidades? Evitar abusos de concessionárias? Avaliar serviços? etc.?

Cascaes
27.6.2016


1. Cascaes, João Carlos. Procurando Saber, Entender, Aprender Filosofia, História e Sociologia - SEM CENSURA. [Online] http://querendo-entender-filosofia.blogspot.com.br/.
2. Ferry, Luc.Aprender a Viver. Livros e Filmes Especiais. [Online] http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/2012/05/aprender-viver.html.
3. —. a inovação destruidora. Livros e Filmes Especiais. [Online] http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com/2016/02/a-inovacao-destruidora.html.




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