Ranking da qualidade do transporte coletivo urbano




Qualidade do transporte coletivo urbano
Algo que beira à má fé é a classificação de cidades e seus equipamentos urbanos em nível mundial. Com certeza teóricos terão suas fórmulas cabalísticas, mas qual é a credibilidade de diplomas e honrarias que têm indícios de apadrinhamento, conveniências impublicáveis ou simplesmente ignorância?
Diplomas dizem muito pouco nesses tempos em que a Tecnologia em todas as profissões evolui exponencialmente. É fácil mostrar sucessos que duraram muito pouco.
No transporte coletivo urbano temos agora cidades imensas com inúmeras pessoas idosas, com deficiência(s), adoentadas e crianças, além do cidadão e cidadã comuns. Qual será a solução ideal? Quem será a melhor? Qual o sistema de transporte coletivo urbano mais eficaz?
Um bom indicador de qualidade é a atratividade. O que faz com que certas cidades tenham redução de passageiros?
Mostrar novidades e protótipos de veículos é fácil, afinal a indústria agradece e aplaude essas oportunidades. E os usuários? Por que optam pelo transporte individual, de skates a automóveis?
O transporte coletivo urbano para ser otimizado precisa de inúmeras análises e recursos. Sendo realizado com ônibus pode se submeter ao mantra dos cartéis empresariais, afinal a cidade, o contribuinte paga o resto. Fora esses veículos fantásticos que estão longe de seus limites futuros e possuem extrema versatilidade, quando dimensionados de forma adequada, o resto precisa de subsídio, quantias monumentais. Isso é mais evidente em cidades que deslocaram os trabalhadores mais humildes para longe dos polos estratégicos, aí o pesadelo é diário.
Acontece, ainda, que uma característica essencial dos sistemas de transporte coletivo é o acesso aos pontos de embarque e desembarque. Cidades que não oferecem segurança aos pedestres inviabilizam deslocamentos, principalmente de pessoas fragilizadas.
Vemos mídia de ônibus, e seus detalhes completos?
Quando compramos de forma consciente um automóvel procuramos saber como são os seus sistemas de frenagem e aceleração, suspensão, layout, acessibilidade, segurança, conforto e custos, enfim.
Para os moradores de vias com veículos de superfície ou não é essencial ter consciência do barulho, gases, riscos de acidentes e até da criação de centros secundários indesejáveis.
Ou seja, mobilidade urbana assim como os sistemas de saneamento básico, drenagem, abastecimento de água, coleta de lixo, educação, segurança, saúde e até de internet formam conjuntos que exigiriam pessoas extremamente capazes, inteligentes, atentas à sinergia com tudo o que compõe o conjunto que denominamos cidades, inclusive seus elementos vitais, não essenciais, mas que criam o conjunto que precisamos para viver.
Chato mesmo é ver a mediocridade premiada.

Cascaes
17.8.2016


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