Processos políticos e importância da qualidade do governante


Em torno da Ex-presidente Dilma Rousseff desenvolve-se um jogo emocional e político natural, rotineiro e perigoso. Infelizmente ela foi julgada pelo mal menor que causou ao Brasil.
Pessoalmente não acredito em ações dolosas, afinal é pouco provável que ela quisesse ser algoz do povo brasileiro.
Mal assessorada e vítima de um gênio terrível, não soube assumir a postura de estadista e gerente competente que precisamos nesses anos de tremenda estiagem, pragas naturais, epidemias e uma Copa do Mundo desastrosa em todos os sentidos.
Foi vítima de um golpe?
Pode ser, afinal logo após a Copa do Mundo, no início da campanha eleitoral, foi agredida brutalmente e hostilizada pela mídia que devia saber em detalhes do que aconteceu. Onde essa gente estava antes? Não quiseram evitar a tragédia que especialistas em energia, por exemplo, sabiam? Nos conselhos de administração das estatais o que faziam os representantes dos acionistas minoritários?
A Operação Lava Jato, na proa de muitos outros, com o apoio do STF e leis e decretos que a ex-presidente Dilma Rousseff promulgou está abrindo barrigas. Outros inquéritos e processos estranhamente demoram demais ou ganham benefícios agora.
Que Brasil é esse?
Com certeza não podemos viver em crises; mais importante que tudo é resgatar a dignidade do emprego, do trabalho, do desenvolvimento em todos os setores. Há muito a ser feito e muita coisa deverá neutralizar os extremismos corporativistas, o compadrismos e outros vícios que inúmeras instituições cultivam acintosamente ou discretamente.
O Brasil tem condições de sair logo dessa situação em que se encontra.
Acreditamos demais em montadoras, empresas estrangeiras, avaliações de especialistas em economia etc. Quase de forma combinada, é a impressão que temos, fugiram do Brasil e instituições de avaliação de riscos deram notas baixas para nosso povo, apesar do exemplo de respeito às leis e à Democracia. Bem ou mal representados temos nossa jovem democracia em exercício e não estamos em dilemas tão assustadores quanto sentimos existir nos EUA, apesar de suas altíssimas notas de risco...
Precisamos acreditar no Presidente Michel Temer e no Poder Judiciário.
O Congresso Nacional deveria renunciar de imediato para oferecer aos brasileiros a oportunidade de confirmá-los ou rejeitá-los, é assustador sentir o nível baixíssimo de alguns políticos.
Vivemos tempos sombrios em que a polícia substitui os professores, médicos, merceeiros etc.
Isso poderia não existir se houvéssemos sido governados com habilidade em todos os níveis. Os escândalos mostram fragilidades em todos os níveis. Excesso de leis, burocracia, cargos inúteis etc.  e pouca vigilância cívica no seio de um povo que não tinha as facilidades atuais de observação de seus políticos e empresários.
A Ex-presidente falhou, não tinha capacidade para governar essa imensa empresa denominada Brasil. Governadores erraram, alguns de forma odiosa. Prefeitos viraram notícia de rotina e as penitenciárias estão cheias de ladrões e assassinos pobres. As Cortes têm privilégios explícitos e implícitos.
Precisamos acreditar que depois desses feitos e malfeitos o Presidente Temer comporte-se como um estadista, é a nossa grande esperança. Outras? Qual seria o custo? Poderemos esperar?
A matilha formada por megaempresas só espera o momento para voltar ao Brasil com mais privilégios...

Cascaes
3.9.2016


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