Línguas do Brasil

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Línguas de Brasil
Língua oficialPortuguês
Línguas nacionaisPortuguês - 98%
Línguas significantes não oficiaisInglês - 7%, Espanhol - 4%, Hunsrik - 1.5%[1]
Língua principalPortuguês
Línguas indígenasAparaíBororoCaingangueCanelaCarajáCaroGalibiGuaraniMacuNheengatuPirahãTerenaTucanoTupiYe'kuana
Línguas regionaisAlemãoEspanhol (áreas de fronteira), HunsrikItalianoJaponêsPolonêsUcranianoInglês,[2] Pomerano,[3] Talian,[4] ChinêsCoreano
Línguas principais de imigrantesAlemãoEspanholItalianoJaponêsPolonêsUcranianoInglêsChinêsPomeranoTalian
Línguas principais estrangeirasAlemãoEspanhol
Línguas de sinaisLíngua Brasileira de Sinais
Língua de sinais kaapor brasileira
Layouts de teclados
Disposição do teclado no Brasil
KB Portuguese Brazil.svg
Inscrição Ich liebe Blumenau ("eu amo Blumenau" em alemão) em frente à prefeitura de Blumenau, em Santa Catarina, representando a influência que a cultura e língua alemã tiveram sobre a cidade.
As línguas do Brasil são duas do tipo oficial a nível nacional: português[5] e libras.[6] Contudo, línguas minoritárias do Brasil são faladas em todo o país. O censo de 2010 contabilizou 305 etnias indígenas no Brasil, que falam 274 línguas diferentes.[7][8] Há comunidades significativas de falantes do alemão (na maior parte o Hunsrückisch, um alto dialeto alemão) e italiano (principalmente o talian, de origem vêneta) no sul do país, os quais foram influenciados pelo idioma português,[9][10] assim como um processo recente de cooficialização destas línguas, como já ocorreu em Pomerode e em Santa Maria de Jetibá.[11]
É estimado que se falavam mais de mil idiomas no Brasil na época do descobrimento. Segunda pesquisa anterior ao censo de 2010, esses idiomas estavam reduzidos ao número de 180.[12][13] Destas 180 línguas, apenas 24, ou 13%, têm mais de mil falantes; 108 línguas, ou 60%, têm entre cem e mil falantes; enquanto que 50 línguas, ou 27%, têm menos de 100 falantes e metade destas, ou 13%, têm menos de 50 falantes, o que mostra que grande parte desses idiomas estão em sério risco de extinção.[14]
Nos primeiros anos de colonização, as línguas indígenas eram faladas inclusive pelos colonos portugueses, que adotaram um idioma misto baseado na língua tupi, chamado nheengatu. Por ser falada por quase todos os habitantes do Brasil, ficou conhecida como língua geral. Todavia, no século XVIII, a língua portuguesa tornou-se oficial do Brasil, o que culminou no quase desaparecimento dessa língua comum.[14] Atualmente, os idiomas indígenas são falados sobretudo no Norte e Centro-Oeste. As línguas mais faladas são do tronco Tupi-guarani.[14]
Há uma recente tendência de cooficializar outras línguas nos municípios povoados por imigrantes, como as línguas italiana e alemã ou indígenas, através de levantamentos do Inventário Nacional da Diversidade Linguística instituído através de decreto pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 9 de dezembro de 2010,[15] que analisará propostas de revitalização dessas línguas no país.[16]
Também os estados de Santa Catarina[17][18] e Rio Grande do Sul possuem o Talian como patrimônio linguístico aprovado oficialmente no estado (já a língua alemã, de grande abrangência nestes dois estados, não foi oficializada ainda por não haver um consenso entre a padronização da forma hunsriqueana, ou a pomerana, ou a adoção das duas modalidades em simultâneo),[19][20] enquanto no Espírito Santo tramita desde agosto de 2011 a PEC 11/2009, que visa incluir no artigo 182 da Constituição Estadual a língua pomerana e a alemã como patrimônios culturais deste estado.[21][22][23]
Em âmbito federal, ao lado do português o governo brasileiro também reconhece como oficial a língua brasileira de sinais (LIBRAS), por meio da Lei nº 10.436, regulamentada pelo Decreto n.º 5.626. Trata-se de uma língua de modalidade visuogestual, oriunda da comunidade surda nacional.

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