Saber
envelhecer
Saber envelhecer é algo essencial a qualquer
pessoa em relação pessoal, no ambiente familiar, social, cidadã. Não é justo a
uma pessoa culta e sábia perder-se em lamúrias, deve enfrentar com dignidade o
envelhecimento com suas mazelas e desafios.
Com certeza o alongamento da idade também traz
inúmeras alegrias, como, por exemplo, acompanhar o nascimento e crescimento da
família. Familiares diretos e indiretos formam uma tribo natural a que devemos
pertencer, amar, desenvolver.
Em família, principalmente, a pessoa idosa
precisa aproveitar seus conhecimentos para, se necessário, educar, ensinar,
mostrar a seus descendentes o que serão e o que poderão ser na condição de
pessoas idosas e veneradas.
O desafio ético é permanente. Somos educadores
intuitivos e nessa condição ensinamos pelo exemplo, pelo aconselhamento e acima
de tudo aprendendo sempre para poder evoluir e se manter em sintonia com a
garotada.
Estamos sempre aprendendo, talvez esquecendo
mais do que possamos agregar a nossos conhecimentos, mas convergindo para
sentimentos e crenças que a vida constrói.
Com certeza falar de ética e envelhecimento é
uma tremenda ousadia num planeta de grandes especialistas, o desafio é,
contudo, tentar explicar o que somos após a vida “útil”. Considerando que a
ética e a moral são o produto de visões filosóficas, pior ainda. Esses são
temas delicados e facilmente polêmicos. Devemos, na minha opinião pessoal,
lembrar que a vida é o resultado de opções religiosas, técnicas, ideológicas
etc. Ou seja, intuitivamente escolhemos nossos caminhos em searas complexas e
perigosas.
A História da Humanidade relata a sequência de
conflitos, comportamentos tribais, nações lutando entre si sob bandeiras
ilusórias. Sob todo esse manto aparentemente racional o puro darwinismo, a luta
pela sobrevivência e o império das glândulas e cérebros de animais que somos.
Para ilustrar isso historiadores fantásticos
escreveram muito.
Infelizmente a história é principalmente
ancorada em guerras, heróis, lideranças bélicas. Por isso li com imenso prazer
duas coleções de livros sob o título geral de “história da Vida Privada, uma
europeia e a outra brasileira [ (Philipep Ariès, Georges Duby) , (Fernando A. Novais) ].
Se evoluímos não foi sem esforço, pois a
necessidade de conciliar tudo para criar e manter uma família não é fácil.
Como talvez o derradeiro esforço a favor
daqueles que dependem de nós a importância de escrever, fazer blogs, gravar
filmes, registrar pensamentos e opiniões talvez impertinentes, com certeza
imperfeitas, mas a nosso ver necessárias num mundo que se perde no egoísmo, nos
prazeres e ilusões modernos.
Bibliografia
Fernando
A. Novais. (s.d.). Coleção História da vida privada no Brasil. Companhia das
Letras . Fonte:
https://www.geledes.org.br/a-colecao-historia-da-vida-privada-no-brasil-para-baixar/#:~:text=A%20Cole%C3%A7%C3%A3o%20Hist%C3%B3ria%20da%20vida%20privada%20no%20Brasil%2C%20em%20quatro,portuguesa%20aos%20dias%20de%20hoje.
Philipep Ariès,
Georges Duby. (s.d.). História da Vida Privada. Companhia das Letras. Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Vida_Privada
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