Ética e os tronos,
troninhos e cadeiras
O amadurecimento[1]
comportamental mostra o que cada ser humano entende como revelador de sus
poder, aceitação, afeto, consideração e fantasias. O que são as emoções? Como
lidar com elas? Dentro de nós há uma coisa que não tem nome,
essa coisa é o que somos.
José Saramago Emoções são
reações neuropsicológicas passageiras a um acontecimento que nos comunicam algo
importante para nos incitar à ação. São como nuvens temporárias que sugerem
possibilidades, retratam paisagens psicológicas e podem ganhar vida própria
dependendo de como respondemos ao seu chamado. A tristeza, a raiva, o medo e a
alegria são exemplos de emoções básicas e universais que duram alguns minutos e
ajudam a nos orientar internamente nas nossas relações interpessoais. Agem como
bússolas que nos guiam para mais perto dos nossos valores pessoais e das
experiências que tivemos ao longo da vida.
Mattos, Frederico.
Maturidade emocional (pp. 14-15). Paidós. Edição do Kindle.
Quando jovens queremos vencer na
vida. Na Terceira Idade poderemos ser felizes ou não[2],
que opções fizemos?
Cuidamos de nosso cérebro[3]?
Vemos pessoas que foram famosas
morrerem sem as trombetas da vida. Muitos ficaram tremendamente amargurados[4]
nessa fase da vida, em que ela se esvai sem as atenções do trono que ocuparam
A eficácia de qualquer ONG,
instituição e até de organizações religiosas depende de sabedoria no comando
que tenham e nos exemplos que seus dignitários oferecem.
É maravilhoso ver líderes de grandes potências
demonstrando respeito pelo seu povo e a Humanidade.
Por mais fortes que sejam talvez não
vivam ou não tenham o prazer de saborear suas conquistas quando a vida se
aproximar do fim.
Esse exemplo que reaparece com a
perda de relevância de gente poderosa que mandava no mundo é gratificante e
enche de esperança todos nós.
Se o problema existe em altos níveis,
ele é até mais comum entre pessoas menores. A expectativa de gerar poder ´um
fator delicado no comportamento humano.
Inúmeras organizações têm padrões
consolidados e é exatamente nelas que veremos os piores abusos.
Os Direitos Humanos, ODS, lógicas de
amor ao próximo atenuam e geram paradigmas belíssimos.
No envelhecimento sentimos tudo isso,
inclusive analisando o que fizemos. O “mea culpa” dói, mas confessar e tentar
corrigir equívocos é importantíssimo. A pessoa idosa teme julgamentos severos
em outros planos, e se não souber subir os degraus do Paraíso?
Se as pessoas idosas sofrem com seus
pecados, todos que a cercam deverão entender que ninguém é perfeito. A
tolerância às impertinências dos velhos é necessária, gratificante pelo dever
cumprido para com os pais, por exemplo.
Saber envelhecer com dignidade é uma
arte, ciência, sabedoria rara. O grau de sabedoria depende de muita coisa,
inclusive de patologias e acidentes. Nosso cérebro e o corpo são materiais,
passíveis de lesões graves, muitas vezes invisíveis.
A Ciência evolui e inúmeros recursos
aparecem todo ano a favor da velhice melhor.
A Ética, contudo, depende da interpretação
de bíblias, processos educacionais, ideologias, seitas etc.
Ética simplesmente ela não diz nada.
Podemos ser éticos e malvados sem
perceber.
Não podemos esquecer que muitas
ideologias e religiões sacralizaram o postulado de que “os fins justificam os
meios”.
Isso valoriza a dúvida, e autocrítica
permanente, a atenção para os resultados que obtemos.
Tronos podem degradar qualquer um e
os bancos da plateia serem espaços de contaminação. Felizmente a evolução
cultural existe. Saber aprender e usar bem o que sabemos e somos é
importantíssimo.
[1] Ao
amadurecer, você melhora o espaço mental para olhar para dentro e para os
outros; ganha mais tempo emocional para gerenciar suas reações com propriedade
e estabilidade; amplia sua presença no mundo e se conecta com os outros sem
cair em jogos emocionais; flui com mais abertura e sabe-doria na sua
personalidade; e vive leve e sem desequilíbrios nas emoções.
Mattos, Frederico. Maturidade emocional (p. 192).
Paidós. Edição do Kindle.
[2]
Nos ecossistemas da vida, existem dificuldades, desafios, problemas, tristezas,
decepções, triunfos, alegrias, etc. Portanto, não importa quão altas sejam
nossas ideias, se não vencermos a nós mesmos primeiro, e não estivermos
dispostos a ser como devemos, da melhor e mais consciente maneira, quando
surgirem os desafios; não estaremos prontos para enfrentar o leque de
posibilidades boas ou não tão boas que podem ser apresentadas. Suas melhores
ideias podem estar morrendo se você não se preparar para a mudança e a
transformação; sabendo ser quem você deve ser, no mais alto grau de sua
conquista.
Cuadrado Arce, Carlos Roger . ECOLOGIA DA FELICIDADE:
Ecossistemas vitais para a autoconquista (p. 68). Editorial Verso Vivo. Edição
do Kindle.
[3]
Amente humana é o que há de mais complexo, poderoso e sensível. É a sede das
características e habilidades especiais do ser humano: memória, raciocínio,
juízo, emoções, vontade, imaginação, criatividade, comunicação e
espiritualidade. Como manter a mente sadia, desenvolver todo o seu potencial,
cultivar bons hábitos, melhorar os relacionamentos e entender as coisas de Deus
são questões da maior importância, e que interessam a todas as pessoas. Por
isso, a mente é objeto de estudo de boa parte das ciências, o alvo principal
dos meios de comunicação, o desafio contínuo para quem quer dominar, liderar ou
pelo menos influenciar. É também o foco das tentações de Satanás e o meio de
comunicação com o Espírito Santo.
G. White, Ellen. Mente, Caráter e Personalidade, vol.
1 (p. 3). Casa Publicadora Brasileira. Edição do Kindle.
[4]
“NO DESERTO”: O DESÂNIMO NA VIDA DO LÍDER
“Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em
troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da
ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. Considerai, pois,
atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si
mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma” (Hb 12.2-3).
Martinho Lutero Semblano. No Deserto: O desânimo na
vida do líder (p. 21). Editora Scriptura. Edição do Kindle.
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